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Ásia

China pede que Vaticano 'crie condições' para diálogo

Governo respondeu ao telegrama enviado pelo papa Francisco

21 jan 2015 - 21h02
(atualizado às 21h03)
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Papa Francisco conversa com jornalistas durante voo de Manila a Roma nesta segunda-feira. 19/01/2015
Papa Francisco conversa com jornalistas durante voo de Manila a Roma nesta segunda-feira. 19/01/2015
Foto: Stefano Rellandini / Reuters

A China respondeu nesta quarta-feira (21) ao telegrama enviado pelo papa Francisco há dois dias e pediu para que o Vaticano "crie as condições para melhorar as relações entre os dois países".

Segundo o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Hua Chunying, "nós queremos ter um diálogo construtivo com o Vaticano baseado em princípios relevantes". Ele afirmou que sua nação já expressou as suas condições para a melhoria no relacionamento.

"Em particular, o Vaticano deve cortar aquilo que chama de "relações diplomáticas" com Taiwan e reconhecer a República Popular chinesa como o único governo que representa a China.

Também pedimos que eles não interfiram mais nos assuntos internos chineses em nome da religião", explicou Chunying.

O representante ainda acrescentou que o governo sempre foi sincero em querer melhorar as relações com a Santa Sé, fazendo também esforços nessa direção. As declarações do porta-voz diminuem, ao menos oficialmente, as esperanças que foram depositadas com o envio de dois telegramas do Pontífice aos chineses.

Multidão enfrenta chuva para ver o papa em Tacloban:

Além daquele enviado na última segunda-feira (19), Jorge Bergoglio havia mandado outro após sua viagem à Coreia do Sul, em agosto de 2014. O Papa já manifestou, por diversas vezes, sua vontade de ir até o país asiático e foi criticado por não ter recebido o Dalai Lama, em dezembro.

Apesar de muitos dizerem que o encontro foi negado por pressões chinesas, o próprio líder católico desmentiu a informação. Os dois países não têm relações desde 1951, logo após a Santa Sé reconhecer Taiwan como uma nação.

Além disso, Pequim gerencia diretamente a Igreja no país, através da Associação da Igreja Católica Patriótica Chinesa, definindo as nomeações dos bispos sem consultar as indicações vaticanas.

Fonte: ANSA Brasil
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