A polícia chinesa informou nesta sexta-feira que prendeu um proeminente advogado de direitos humanos sob a acusação de causar perturbação e obter acesso ilegal a informações pessoais, em um caso que provocou protestos entre os ativistas pró-direitos humanos na China e no Ocidente.
Pu Zhiqiang, um dos dissidentes mais ativos na China, foi detido no mês passado depois de participar de uma reunião em uma residência para relembrar os protestos pró-democracia na Praça Tiananmen, em 1989.
A polícia também deteve outros quatro ativistas, mas os liberou mais tarde.
A polícia de Pequim formalizou a prisão de Pu sob a "suspeita de cometer os crimes de causar perturbação e obter acesso ilegal a informações pessoais de cidadãos, após aprovação dos promotores", disse a polícia em seu microblogue oficial.
"Quanto às acusações de outros crimes de Pu Zhiqiang, os órgãos de segurança pública vão realizar uma investigação mais aprofundada", disse a polícia.
O advogado de Pu, Zhang Sizhi, se recusou a dar detalhes da investigação e a informar se Pu vai admitir culpa.
Em um comunicado publicado na Internet na quinta-feira, Zhang disse que Pu pode pegar uma longa pena de prisão.
Uma detenção formal geralmente leva à acusação e, em última instância, à condenação, na China, onde os tribunais são controlados pelo Partido Comunista.
06 de junho - Civis em bicicletas e soldados em tanques de guerra montam o cenário pós-protestos em Pequim. Um quarto de século depois do massacre, o governo proibe a discussão pública sobre o assunto e livros e sites são censurados.
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05 de junho - Tropas e tanques chineses se reúnem na praça, um dia após a repressão militar que terminou com sete semanas de protestos.
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05 de junho - Um chinês tentou bloquear, sozinho, uma linha de tanques de guerra que seguiam em direção à Praça Tiananmen, em Pequim. O homem, que não foi identificado até hoje, é considerado o "rebelde desconhecido" pela sua atitude frente aos militares.
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05 de junho - Civis mostram fotos de pessoas mortas devido à ação militar do governo chinês. A imprensa internacional foi proibida de cobrir os protestos
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04 de junho - Corpos de civis mortos se encontram entre bicicletas, próximo à Praça da Paz Celestial, em Pequim. Durante a madrugada, centenas de pessoas morreram. Órgãos de direitos humanos afirmam que foram milhares de mortos.
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04 de junho - Feridos são levados para um hospital por manifestantes. Na madrugada do dia 4 de junho, o exército chinês abriu fogo e deixou vários mortos e feridos
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03 de junho - Homem tenta puxar um soldado chinês para longe de seus companheiros em uma ação militar no local dos protestos
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01 de junho - Fotógrafos amadores tiram fotos de uma estátua erguida na praça Tiananmen
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01 de junho - Versão chinesa da "Estátua da Liberdade" é erguida pelos estudantes, durante o protesto
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28 de maio - Estudantes se protegem do sol embaixo de um guarda-chuva. Eles já estavam há mais um mês na praça
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19 de maio - Secretário-geral do Partido Comunista Chinês, Zhao Ziyang, foi pessoalmente à praça para tentar convencer os manifestantes a encerrarem os protestos e a greve de fome. Seu pedido não foi atendido.
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16 de maio - Médicos atendem vítimas da greve de fome, em um hospital de campo, montado para atender os estudantes que permaneceram sem comer na praça Tiananmen
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13 de maio - Estudantes sentam na Praça da Paz Celestial, durante greve de fome, em protesto pró-reforma
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04 de maio - Polícia chinesa tenta, em vão, conter uma enorme multidão de manifestantes em um movimento pró-reforma no dia 4 de maio
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01 de maio - Manifestante chinês Wang Dan aborda colegas durante uma manifestação na Praça da Paz Celestial de Pequim. Em sua cabeça, uma faixa diz 'greve de fome'
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27 de abril - Manifestantes chineses cercam um caminhão do exército, na Praça de Tiananmen. Alunos foram apoiados por trabalhadores e massa de manifestantes aumentou
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22 de abril - Estudantes fazem uma corrente humana na madrugada, na praça Tiananmen, em um protesto por mais liberdade na China
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20 de abril - Dezenas de milhares de estudantes e cidadãos se concentram em frente ao monumento dos Heróis do Povo, na Praça da Paz Celestial, em Pequim.
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19 de abril - Estudantes erguem uma faixa pedindo "Liberdade, Democracia e Iluminismo" em frente ao monumento dos Heróis do Povo, enfeitado por um retrato do líder Hu Yaobang, cuja morte desencadeou os protestos.
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18 de abril - Um líder estudantil leu para o grupo de manifestantes uma série de exigências que o grupo defenderia nos protestos seguintes.
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