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Ásia

China prende ativistas antes do 25º aniversário de massacre

Ativistas protestaram pela investigação de eventos pró-democracia do massacre da Praça Celestial de 1989

6 mai 2014 - 14h10
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O advogado chinês Pu Zhiqiang fala com jornalistas fora da Corte de Chingqing (foto de 2012)
O advogado chinês Pu Zhiqiang fala com jornalistas fora da Corte de Chingqing (foto de 2012)
Foto: Reuters

A China prendeu nesta terça-feira cinco ativistas pró-direitos humanos, disseram três advogados e um grupo defensor de direitos, depois que eles participaram de um evento no fim de semana que pediu uma investigação da supressão dos protestos pró-democracia na Praça da Paz Celestial, em 1989.

Entre os detidos está Pu Zhiqiang, destacado advogado que atua na defesa da liberdade de expressão e representa muitos dissidentes, incluindo o artista Ai Weiwei e um ativista do "Movimento dos Novos Cidadãos", um grupo que faz campanha para que os líderes chineses divulguem seus bens.

Ele também se opõe ao sistema de campos de trabalho forçado, que o governo aboliu, e aparecia em destaque na mídia estatal por causa daquela campanha - algo incomum para um crítico do governo.

Foram também detidos o dissidente Liu Di e o professor Xu Youyu, da Academia Chinesa de Ciências Sociais, um círculo governamental que reúne pensadores, disse o advogado defensor de direitos humanos Shang Baojun, citando conversas que manteve com familiares de Liu e Xu.

Artista dissidente Ai Weiwei (esquerda) e seu advogado Pu Zhiqiang em Pequim, China (foto de 2012)
Artista dissidente Ai Weiwei (esquerda) e seu advogado Pu Zhiqiang em Pequim, China (foto de 2012)
Foto: Reuters

Shang disse não saber do que Liu e Xu são acusados, já que suas famílias não receberam notificação das prisões.

Os dissidentes Hu Shigen e Hao Jian, professores da Academia de Cinema de Pequim, também foram detidos, de acordo com a entidade Defensores Chineses dos Direitos Humanos, grupo com sede na China.

As prisões elevam os riscos de uma repressão aos dissidentes e demonstram o quanto os líderes chineses se preocupam com críticas semanas antes do 25º aniversário das manifestações na Praça da Paz Celestial, em Pequim (em 4 de junho de 1989), esmagadas pelas forças chinesas.

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