China retira licença de maior portal do país por pornografia
Segundo comunicado do governo, a decisão foi tomada após o recebimento de um "grande número" de denúncias de internautas criticando a publicação de cerca de 20 artigos com conteúdo erótico no portal
O governo da China anunciou nesta quinta-feira a retirada da licença de funcionamento do maior portal de notícias na internet do país, o Sina.com, acusado de divulgar conteúdo pornográfico.
Segundo um comunicado do Escritório Nacional contra a Pornografia e as Publicações Ilegais, a decisão sem precedentes foi tomada após o recebimento de um "grande número" de denúncias de internautas criticando a publicação de cerca de 20 artigos com conteúdo erótico no popular portal.
Além disso, foi revogada a licença para se difundir vídeos e áudios, acrescentou a nota oficial, na qual se afirma que vários responsáveis pelo "Sina.com" estão à disposição da polícia para serem investigados.
O portal é um das principais empresas de internet da China e proprietário do maior serviço de microblogs do país, o Weibo, equivalente local do Twitter (que é bloqueado no país).
O Weibo conta com mais de 500 milhões de usuários registrados, aos quais é preciso somar outros 100 milhões de membros de outros serviços do "Sina.com", que em 2013 ocupou o 17º lugar na lista de páginas da internet mais visitas na China.
As autoridades locais anunciaram no início da semana o lançamento de uma campanha contra conteúdos pornográficos e eróticos na internet, focada em alguns dos portais mais populares do país e inclusive em versões digitais dos mais importantes meios de comunicação oficiais do regime.
Como resultado da operação, foram fechados 110 sites e 3.300 contas em redes sociais.
A China é o país com mais internautas do mundo (mais de 600 milhões), e uma das nações onde as autoridades exercem maior controle sobre os conteúdos da rede.