Comissárias de bordo chinesas reclamam de uniformes sensuais
Segundo elas, as blusas que compõem o conjunto são muito curtas e as saias muito justas; 27% dos membros da tripulação de cabine de Hong Kong foram alvo de assédio sexual nos últimos 12 meses
As comissárias de bordo da companhia área Cathay Pacific, de Hong Kong, querem que a empresa mude os uniformes usados por elas, considerados muito sensuais e facilitadores de assédio sexual - informou nesta segunda-feira o sindicato.
Para a tripulação feminina das cabines, as blusas brancas que compõem o conjunto são muito curtas e as saias vermelhas muito justas, afirmou à AFP o chefe do sindicato de tripulantes de voo da Cathay Pacific Airways (FAU).
As comissárias "estão preocupadas com o uniforme curto demais" que usam para trabalhar, disse o vice-presidente do FAU, Julian Yau, avaliando que a roupa pode ser causa de assédio sexual.
Yau afirma que o uniforme tem sido fonte recorrente de queixas por parte da tripulação feminina desde 2011, quando foi adotado. As comissárias não exigem que todo o conjunto seja mudado: pedem apenas camisas mais folgadas, e saias menos marcadas.
"Esperamos que a Cathay faça alguma coisa a respeito", disse Yau.
Segundo um estudo publicado em fevereiro, 27% dos membros da tripulação de cabine de Hong Kong foram alvo de assédio sexual durante os voos, nos últimos 12 meses.
As mulheres representam 86% dos 392 participantes da pesquisa que garantiram ter sido assediados durante as viagens.
Procurada pela equipe local da AFP, a empresa Cathay Pacific ainda não se pronunciou sobre o assunto.