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Ásia

Coreia do Norte faz ameaças em aparente resposta a Obama

Em declaração recente, Obama mencionou a eventual queda do regime norte-coreano

31 jan 2015 - 08h45
(atualizado às 10h34)
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Líder norte-coreano, Kim Jong Un,assiste a simulação de um ataque contra um porta-aviões americano
Foto: KCNA / Reuters

O dirigente norte-coreano Kim Jong-Un afirmou que Pyongyang não ficará de braços cruzados "com cães raivosos latindo" sobre derrubar seu sistema socialista, em uma aparente resposta a comentários do presidente americano, Barack Obama, para quem o regime de Pyongyang está condenado ao fracasso.

Kim fez as declarações ao supervisionar manobras conjuntas da Marinha e da Aeronáutica norte-coreanas, que simularam um ataque contra um porta-aviões americano na Coreia do Sul, segundo a agência de notícias oficial norte-coreana (KCNA).

A agência não divulgou detalhes ou a data das simulações de guerra, mas aparentemente aconteceram na sexta-feira. "Solenemente declarou que (a Coreia do Norte) não ficará com os braços cruzados com os cães raivosos que latem abertamente que vão provocar a queda (do regime), introduzindo 'mudanças' no sistema socialista, um berço que nosso povo considera mais caro que a própria vida", completa a KCNA.

Kim afirmou ainda que a Coreia do Norte está disposta a enfrentar "qualquer tipo guerra, seja com Forças Armadas convencionais ou uma guerra nuclear".

Em uma entrevista divulgada no YouTube, realizada na Casa Branca em 22 de janeiro, Obama mencionou a eventual queda do regime norte-coreano, que chamou de "a mais isolada, mais sancionada e hermética nação de toda a Terra".

Na semana passada, um porta-voz da diplomacia de Pyongyang chamou as declarações de "bobagens". "As recentes observações delirantes de Obama são apenas pobres grunhidos de um 'loser' (perdedor) encurralado em seu desafio em todas as frentes que o opõem a Coreia do Norte", disse a fonte.

A Coreia do Norte habitualmente divulga declarações grandiloquentes sobre os Estados Unidos e seus governantes.

Recentemente chegaram a divulgar declarações racistas, quando chamaram Obama de "macaco" por estimular, na opinião do regime stalinista, a exibição do polêmico filme "A Entrevista", uma comédia que mostra um complô fictício para matar o dirigente norte-coreano. O país ameaçou com um "golpe demolidor irreparável".

O estúdio Sony foi vítima de ataques de hackers. Washington acusa Pyongyang de ter planejado o ataque virtual, o que a Coreia do Norte nega.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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