Coreia do Norte lança dois novos mísseis de curto alcance
A Coreia do Norte lançou nessa quinta-feira dois mísseis de curto alcance do litoral leste do país, segundo informou o Ministério da Defesa de Seul, depois que a Coreia do Sul e os Estados Unidos iniciaram suas maiores manobras militares conjuntas nesta semana.
O exército norte-coreano lançou os dois mísseis em direção ao Mar do Leste (Mar do Japão) por volta das 5h20 locais (18h20 em Brasília da quarta-feira) da cidade de Wonsan, no sudeste do país, informou o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul.
Os projéteis percorreram uma distância de 500 quilômetros até cair no mar em frente à Wonsan, confirmou à Agência EFE um porta-voz do Ministério da Defesa.
Essa mesma fonte indicou que o míssil poderia ser do tipo Scud e que esta seria a primeira vez que Pyongyang realiza o lançamento desse tipo de projétil em 2016.
"O exército está acompanhando muito de perto a situação e está preparado para fazer frente a qualquer provocação da Coreia do Norte", disse o porta-voz do Ministério da Defesa.
Uma fonte do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, por sua vez, relatou à agência sul-coreana "Yonhap" que o Pentágono também "está acompanhando atentamente a situação".
No dia 3 de março, a Coreia do Norte lançou seis mísseis de curto alcance que voaram entre 100 e 150 quilômetros até caírem no Mar do Leste (Mar do Japão).
Na segunda-feira passada, Estados Unidos e Coreia do Sul começaram suas manobras conjuntas anuais, as maiores até o momento, que até o fim de abril envolverão mais de 300 mil soldados sul-coreanos e 15 mil americanos.
A Coreia do Norte considera uma provocação esses exercícios, que se desenvolvem em território sul-coreano.
Nesse sentido, um representante do governo sul-coreano indicou em entrevista coletiva que o lançamento de mísseis por parte do regime liderado por Kim Jong-un "poderia estar relacionado com a situação atual".
A Península da Coreia vive um momento de forte tensão depois que Pyongyang realizou em 6 de janeiro seu quarto teste nuclear subterrâneo e lançou em 7 de fevereiro um satélite a bordo de um foguete, o que foi respondido com duras sanções pelo Conselho de Segurança da ONU.