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Ásia

Coreia do Norte lança novos mísseis ao mar em meio a tensão

As forças armadas da Coreia do Sul "reforçaram sua postura de defesa" e "vigiam atentamente" movimentos do exército do Norte e novas ações

13 mar 2015 - 03h20
(atualizado às 08h16)
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Em meio a tensão, o país liderado por Kim Jong-un lançou sete mísseis
Em meio a tensão, o país liderado por Kim Jong-un lançou sete mísseis
Foto: KCNA / Reuters

A Coreia do Norte lançou sete novos mísseis ao mar de sua costa oriental, informou nesta sexta-feira o Ministério da Defesa da Coreia do Sul, em meio ao clima de tensão na região pelos exercícios militares de Seul e Washington.

O Exército Popular norte-coreano realizou os lançamentos entre as 18h e 19h de ontem (horário local, 6h e 7h de Brasília ) da província de Hamgyong do Sul e os mísseis caíram no Mar do Japão, segundo um porta-voz de Defesa de Seul.

As forças armadas da Coreia do Sul "reforçaram sua postura de defesa" e "vigiam atentamente" os movimentos do exército do Norte perante possíveis novas ações, declarou o porta-voz.

O representante sul-coreano indicou que se tratavam de "mísseis terra-ar", mas não proporcionou informação sobre a natureza dos projéteis ou a distância que percorreram antes de cair no mar.

A ação norte-coreana é interpretada como uma nova reação aos exercícios militares Key Resolve e Foal Eagle que os Estados Unidos e a Coreia do Sul iniciaram no último dia 2 de março em território sul-coreano.

O regime de Pyongyang, que considera as manobras dos aliados um "teste de invasão" de seu país, já respondeu em semanas anteriores com duras ameaças e com o lançamento ao mar de dois mísseis de curto alcance, o que elevou a tensão militar na península coreana.

Foto de furão de carona em pica-pau vira "meme" na internet:

Um dos exercícios dos aliados, o Key Resolve, terminou hoje, enquanto o Foal Eagle, que inclui manobras por terra, mar e ar, se prolongará até o próximo dia 24 de abril com a participação de 200.000 tropas da Coreia do Sul, 3.700 dos EUA e 70 de Austrália, Canadá, Reino Unido, Dinamarca e França.

O regime dos Kim já respondeu no ano passado às manobras de Seul e Washington com rotundos comentários de censura e testes de mísseis, enquanto em 2013 reagiu com uma dureza maior que o habitual ao realizar uma campanha de ameaças e hostilidades que despertaram temores de uma guerra.

Os Estados Unidos mantêm 28.500 militares na Coreia do Sul, país ao qual se comprometeu a defender em caso de conflito com o Norte como herança da Guerra da Coreia (1950-53).

Seul e Washington realizam anualmente vários exercícios conjuntos em território sul-coreano para coordenar sua defesa por considerar que a Coreia do Norte representa uma séria ameaça militar.

EFE   
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