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Ásia

Coreia do Sul exige desculpas do Japão por escravas sexuais

A estimativa é que 200 mil mulheres foram obrigadas a se prostituir em bordeis na II Guerra Mundial; Atualmente, existem 53 sobreviventes

1 mar 2015 - 08h42
(atualizado às 11h52)
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<p>Presidente sul-coreana Park Geun-hye disse que o "tempo urge" e o Japão precisa pedir desculpas as 53 sobreviventes</p><p style="line-height:18.75pt"><span style="font-size: 11.5pt; font-family: Arial, sans-serif;"><o:p></o:p></span></p>
Presidente sul-coreana Park Geun-hye disse que o "tempo urge" e o Japão precisa pedir desculpas as 53 sobreviventes
Foto: Kim Hong-Ji / Reuters

A presidente sul-coreana, Park Geun-Hye, exigiu novamente neste domingo (1) que o Japão se desculpe pelo tratamento dado às coreanas obrigadas a se prostituir nos bordéis do exército japonês durante a II Guerra Mundial, já que "o tempo urge".

Segundo a maioria dos historiadores, até 200 mil mulheres trabalharam nos bordéis do exército imperial durante a guerra, a maioria delas coreanas, mas também chinesas, indonésias, filipinas e taiwanesas.

As relações entre Seul e Tóquio são tensas, sobretudo devido a este drama histórico minimizado pelos conservadores no Japão. Alguns afirmam que estas mulheres, conhecidas como "mulheres de conforto", eram prostitutas de profissão.

Park reiterou seu pedido às autoridades japonesas para que solucionem este assunto "por todos os meios", já que o número de sobreviventes diminui a cada dia.

"Só temos 53 sobreviventes, que têm, em média, 90 anos. O tempo para restabelecer sua honra urge", disse a presidente em um discurso pronunciado por ocasião do aniversário do levante de 1919 contra a ocupação da península pelo Japão (1910-1945).

O Japão reconheceu oficialmente o sofrimento das mulheres asiáticas na "declaração de Kono", em 1993, que leva o nome do secretário-geral do governo da época que expressou as desculpas e os remorsos de seu país.

Mas uma parte da direita realiza regularmente declarações ambíguas, ao afirmar que estas mulheres eram prostitutas, e não vítimas obrigadas a se prostituir.

O primeiro-ministro nacionalista japonês Shinzo Abe e a presidente sul-coreana chegaram ao poder quase ao mesmo tempo, no fim de 2012 e início de 2013, e mantêm relações frias.

Outra disputa é a reivindicação da soberania pelos dois países de um arquipélago no mar do Japão, que os coreanos conhecem como Mar do Leste.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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