Coreia do Sul tem novo primeiro-ministro após escândalo político
A presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, nomeou nesta quarta-feira Kim Byong-joon como novo primeiro-ministro do país em substituição a Hwang Kyo-ahn, por causa de um suposto escândalo de corrupção que envolve uma colaboradora próxima da própria chefe de Estado.
Kim, que ainda deverá ser referendado no cargo pela Assembleia Nacional (parlamento), já foi assistente político do ex-presidente Roh Moo-hyun.
A mudança de primeiro-ministro acontece no momento em que as autoridades sul-coreanas decidiram investigar Choi Soon-sil, amiga da presidente e sem cargo oficial, mas que é suspeita de ter se apropriado de dinheiro público, além de influenciar na política do país.
Park também nomeou, hoje, Yim Jong-yong, diretor da Comissão de Serviços Financeiros, para ocupar o cargo de ministro das Finanças e vice-primeiro-ministro de assuntos econômicos.
A reforma pretende atender as exigências, tanto do partido governante como da oposição, para que a presidente renove o Executivo com políticos considerados "mais neutros" enquanto as autoridades esclarecem o escândalo que envolve Choi Soon-sil.
Kim Byong-joon, o candidato designado para ser novo primeiro-ministro, é considerado um político de esquerda.
Um perfil que contrasta com o da presidente Park Geun-hye, membro do partido conservador governante Saenuri e filha do ditador Park Chung-hee, que governou entre 1961 e 1979.
O escândalo que abalou o país, em que os sul-coreanos chamam de "Choi Soon-sil Gate", provocou a maior crise política que atinge a presidente desde que assumiu o poder em 2013.
Milhares de sul-coreanos se manifestaram para pedir a renúncia da chefe de Estado, cujos índices de aprovação são baixos.