China: deslizamento mata ao menos 15 deixa 120 desaparecidos
Um deslizamento de terra ocorrido neste sábado, na província de Sichuan, no sudoeste da China, provocou o desabamento de dezenas de casas, matando pelo menos 15 pessoas e deixando 120 desaparecidos, de acordo com informações da imprensa chinesa.
Até o momento foram achados 15 corpos sem vida e apenas três pessoas foram resgatadas vivas, segundo informou o jornal independente "South China Morning Post", mas a cifra de mortos deve aumentar consideravelmente, uma vez que o povoado ficou completamente sepultado.
Segundo especialistas em geologia citados pela agência estatal Xinhua, que se encontram no local, a possibilidade de sobrevivência das pessoas soterradas é realmente escassa.
As autoridades do condado de Maoxian comunicaram que o incidente aconteceu depois que a parte alta de uma montanha caiu sobre a aldeia de Xinmo, por volta das 6h (horário local, 19h de Brasília de sexta-feira).
Pelo menos 62 casas ficaram soterradas, enquanto dois quilômetros do curso de um rio e 1.600 metros de uma estrada ficaram sepultados pelas rochas.
Segundo informou o governo local o deslizamento ocorreu devido às intensas chuvas que caíram na região.
Inicialmente, a Xinhua informou que a cifra de desaparecidos era de 141, mas depois a reduziu para 120 sem detalhar se as demais pessoas foram resgatadas.
Por outro lado, afirmou que três pessoas de uma mesma família foram resgatadas, cinco horas após o deslizamento de terra, e levadas a um hospital sem ferimentos graves, mas que outro filho da família permanece soterrado na casa.
De acordo com o porta-voz do governo de Sichuan, Tang Limin, uma equipe de resgate com mais de mil pessoas seguiu para o local com retroescavadeiras e um instrumento de detecção de vida.
Imagens divulgadas pela emissora de televisão oficial CCTV mostram diversos soldados levantando pesadas pedras e várias retroescavadeiras trabalhando na região onde estavam as pessoas que ficaram soterradas.
O governo provincial iniciou o nível mais alto de resposta de socorro em caso de desastre enquanto que o presidente do país, Xi Jinping, ordenou que se ponham todos os esforços no resgate dos possíveis sobreviventes.
"As autoridades devem esforçar-se ao máximo para reduzir as baixas e prevenir desastres secundários", disse Xi, que acrescentou que os desaparecidos e os que sofram perdas pelo desastre "devem receber o cuidado apropriado".
Nesta época do ano, são frequentes as chuvas torrenciais na China e é comum que aconteçam inundações, deslizamentos e outras catástrofes provocadas pelos fenômenos climáticos.
Segundo informou hoje a Xinhua, nas províncias de Hunan e Hubei, no centro da China, as inundações provocadas pelas chuvas dos dois últimos dias afetaram 466.500 pessoas e causaram pelo menos duas mortes.