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Ásia

EI pode libertar japonês em troca da soltura de mulher-bomba

Em gravação, refém disse que os militantes iriam libertá-lo para terem de volta a iraquiana Sajida Rishwai, ligada à Al Qaeda e detida na Jordânia

24 jan 2015 - 16h14
(atualizado às 18h26)
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Além de anunciar a morte do refém Haruna Yukawa, a gravação do Estado Islâmico publicada no YouTube neste sábado e depois apagada sugeriu que o outro japonês capturado pelo grupo, o jornalista Kenji Goto, pode ser libertado em troca da soltura da mulher-bomba iraquiana Sajida Rishwai, ligada à Al Qaeda e detida na Jordânia.

<p>Imagem de suposto vídeo do EI</p>
Imagem de suposto vídeo do EI
Foto: Twitter

A Reuters não pôde verificar independentemente a veracidade da mensagem de áudio. Se confirmada, seria a primeira vez que o EI, que já decapitou vários reféns estrangeiros, emitiu uma mensagem de áudio em vez de um vídeo para anunciar uma execução.

Agências de inteligência dos Estados Unidos também estão trabalhando para verificar a autenticidade da gravação, disse o vice-porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Patrick Ventrell, em comunicado.

Primeiro-ministro exige libertação

O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, exigiu a imediata libertação de Goto em pronunciamento feito neste sábado. 

"Nós estamos usando todos os canais diplomáticos e meios para trabalhar no sentido de uma libertação", disse a repórteres após uma reunião convocada às pressas com seus ministros do Exterior, da Defesa e de outras pastas. "Este ato de terrorismo é um ato ultrajante e inaceitável de violência. Eu tenho um forte sentimento de raiva e condeno com firmeza isso. Eu novamente exijo firmemente a libertação imediata do senhor Kenji Goto ileso", completou. 

Yukawa foi capturado pelos militantes em agosto, depois que foi à Síria com planos de abrir o que ele descreveu ser uma empresa de segurança. Goto, um veterano correspondente de guerra, entrou na Síria no fim de outubro para garantir a libertação de Yukawa, de acordo com amigos e colegas de trabalho.

O prazo dado por militantes do Estado Islâmico para o Japão pagar um resgate de 200 milhões de dólares pelos dois japoneses acabou na sexta-feira.

"Eu quero acreditar no governo e esperar", disse a mãe de Goto, Junko Ishido, a repórteres. "O governo japonês não vai desapontar o meu filho. Ele vai voltar", completou. 

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