Em conferência, Nepal procura solidariedade internacional após terremoto
O Nepal procura a solidariedade internacional com uma conferência na qual o país mostrará à comunidade internacional, na quinta-feira, em Katmandu, suas necessidades após o terremoto que atingiu a nação asiática há dois meses.
A Conferência Internacional de Reconstrução do Nepal, organizada pelo governo nepalês, contará com a presença de 239 delegados de 53 países e organizações internacionais, entre eles os ministros das Relações Exteriores da Índia, China e Noruega, e os responsáveis da pasta de Finanças do Butão e Bangladesh.
"Com este evento queremos informar à comunidade internacional sobre as necessidades do Nepal. Queremos que os doadores conheçam essas necessidades, nossos planos e que os discutam com o governo. E depois que façam um anúncio formal sobre o apoio que estão dispostos a dar", disse à Agência Efe o ministro nepalês de Finanças, Ram Sharan Mahat.
De acordo com os cálculos da Comissão de Planejamento Nacional do Nepal, o terremoto de 25 de abril e suas várias replicas causaram danos no valor de US$ 7 bilhões e o país necessita pelo menos US$ 6,7 bilhões para sua reconstrução durante os próximos anos.
O ministro das Relações Exteriores, Mahendra Bahadur Pandey, afirmou em entrevista coletiva hoje em Katmandu que seu governo quer mostrar que tem planos e políticas concretas para a reconstrução do país e quer centralizar todos os esforços de reconstrução, ao invés desse trabalho ser executado por organizações internacionais.
"Queremos centralizar tudo para fazer o processo de reconstrução mais efetivo. O governo liderará a reconstrução com o apoio da comunidade internacional", disse o ministro.
Pandey também afirmou que esperam transmitir ao mundo que o Nepal, apesar do terremoto, é um lugar seguro para visitar.
"A indústria do turismo sofreu ao máximo. Nossos hotéis são seguros, os lugares patrimônio da humanidade foram reabertos e ainda há atividades que os estrangeiros podem fazer no Nepal", disse o ministro.
O terremoto de 25 de abril e suas várias réplicas causaram 8.786 mortes, deixaram 22.303 feridos e destruíram mais de meio milhão de imóveis no país asiático.