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Ásia

Após 42 anos em coma, morre enfermeira estuprada na Índia

Ela havia sofrido a violência sexual em 1973

18 mai 2015 - 12h20
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Aruna Shanbaug foi internada em um hospital de Mumbai em 1973 após ter sido vítima de um estupro
Aruna Shanbaug foi internada em um hospital de Mumbai em 1973 após ter sido vítima de um estupro
Foto: Twitter

Morreu nesta segunda-feira (18), aos 67 anos, a enfermeira indiana Aruna Shanbaug, após 42 anos de coma, informou a agência de notícias Ians. Ela foi internada em um hospital de Mumbai em 1973 após ter sido vítima de um estupro.

O estuprador era um colega que trabalhava com Shanbaug no King Edward Memorial Hospital. Ele utilizou uma corrente de ferro para prender o pescoço da indiana e isso causou lesões irreversíveis no cérebro. O caso da enfermeira voltou a ganhar força em 2011, quando a Suprema Corte indiana não aceitou um recurso de sua amiga, Pinki Virani, de praticar a eutanásia.

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Na época, os juízes disseram que "Aruna é cuidada amorosamente por suas colegas de enfermagem no hospital e que nenhuma delas queria que a amiga morresse". Segundo a imprensa local, nenhum outro paciente no mundo ficou em coma por tantos anos. Os casos de violência sexual na Índia são extremamente frequentes e comuns. Segundo dados do próprio Ministério do Interior, foram mais de 25 mil só em 2014. Como é comum em muitas partes do mundo, esse número é inferior ao que ocorre na realidade, já que muitas vítimas não relatam o crime às autoridades.

Além de meninas e mulheres, os meninos - geralmente adolescentes - também sofrem com abusos sexuais e, a maioria dos casos, as punições para quem comete esse crime são brandas. Para tentar combater o problema, o governo lançou um aplicativo por celular chamado de "Himmat" ("Coragem") para avisar parentes sobre possíveis situações de vulnerabilidade das mulheres. 

Protesto marca 2 anos de estupro coletivo de mulher na Índia:
Fonte: Ansa Brasil
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