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Ásia

EUA pede que junta militar suspenda censura na Tailândia

31 mai 2014 - 04h17
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O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Chuck Hagel, pediu neste sábado que a junta militar que governa a Tailândia desde o golpe de estado do último dia 22 a libertar os detidos, acabar com a censura e convocar eleições imediatamente. "Instamos ao exército da Tailândia que deixe em liberdade os detidos, suspenda as restrições à liberdade de expressão e devolver imediatamente o poder ao povo mediante eleições livres e justas", disse Hagel na conferência de segurança Shangri-A Dialogue, que acontece em Cingapura até amanhã.

"Até que isto aconteça, e como a lei americana determina, o Departamento de Defesa suspenderá e analisará toda a assistência militar com Bangcoc", indicou Hagel. O chefe do exército da Tailândia, Prayuth Chon-ocha, deu um violento golpe de Estado em 22 de maio após meses de manifestações nas ruas contra o governo que deixaram 28 mortos e mais de 800 feridos.

Desde então, a junta militar dissolveu o executivo e o legislativo, suspendeu a Constituição, decretou o toque de recolher, censurou os meios de comunicação, proibiu as assembleias públicas, intimou e prendeu mais de 270 pessoas. A maioria dos detentos foi solta após uma semana, com a condição de não falar de política em público e não abandonar a cidade de residência sem autorização.

O general Prayuth anunciou ontem à noite que nos próximos dois ou três meses instituirá um programa de reconciliação nacional, e depois formará um parlamento que elegerá um governo e que, após a reforma do sistema político, serão convocadas eleições, possivelmente no final de 2015.

Foto: AFP

EFE   
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