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Ásia

Ex-vice-presidente de Taiwan é internada após greve de fome

Aos 70 anos, ela iniciou o jejum no domingo para exigir a liberdade do ex-presidente Chen Shui-bian

1 jan 2015 - 08h26
(atualizado às 11h30)
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<p>Imagem antiga de Annette Lu (centro) liderando uma marcha contra o presidente Ma Ying-jeou em Taipei</p>
Imagem antiga de Annette Lu (centro) liderando uma marcha contra o presidente Ma Ying-jeou em Taipei
Foto: AP

A ex-vice-presidente de Taiwan Annette Lu, do independentista Partido Democrata Progressista (PDP), foi hospitalizada nesta quinta-feira, em Taipé, após 82 horas em greve de fome para pedir a libertação do ex-presidente Chen Shui-bian.

Lu, de 70 anos de idade, iniciou o jejum no domingo para exigir a imediata liberdade provisória por motivos médicos de Chen, a quem acompanhou como vice-presidente durante dois mandatos, de 2000 a 2008, e agora cumpre pena de prisão por corrupção.

Após quase quatro dias sem ingerir alimentos, a ex-vice-presidente foi internada em um hospital da capital taiuanesa, onde agora aguarda em repouso.

Annette Lu considera que Chen foi injustamente condenado devido a interferências políticas e que seu deteriorado estado físico está piorando preocupantemente por causa do período na prisão. Ela pede para que Chen seja trasferido para a própria casa para receber tratamento médico.

Em entrevista coletiva concedida antes da greve de fome, Lu afirmou que sua iniciativa não busca apenas defender os direitos humanos, mas também mostrar seu afeto por Chen e contribuir para aliviar a polarização política na ilha e fomentar a reconciliação.

O Ministério da Justiça já atendeu um pedido de Chen para sua libertação provisória e iniciou o processo para que isso ocorra, após determinação unânime de uma equipe de 16 médicos, que favorece a libertação de Chen, mas que não quer conceder tratamento especial e acelerar a libertação do ex-presidente.

O vice-ministro de Justiça, Chen Ming-tang, explicou que, seguindo o processo normal, está prevista uma decisão sobre a libertação provisória de Chen para as 12h de segunda-feira.

Preso desde o 2008, Chen foi condenado a 20 anos de prisão por corrupção e falsificação de documentos, acusações sobre as quais sempre se declarou inocente.

EFE   
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