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Ásia

Condenado australiano nega venda nos olhos; entenda execução

28 abr 2015 - 10h00
(atualizado às 10h08)
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O australiano Myuran Sukumaran dispensou a venda dos olhos
O australiano Myuran Sukumaran dispensou a venda dos olhos
Foto: Buzzfeed / Reprodução

Depois de ter anunciado a execução de nove prisioneiros com uma antecedência de 72 horas na noite deste sábado, a Indonésia começou os preparativos para o fuzilamento dos estrangeiros. Segundo foi divulgado, a execução pode acontecer a qualquer momento desta terça-feira. Com informações do BuzzFeed. 

Segundo informou a AFP, uma marca preta é feita no coração dos prisioneiros para que sejam atingidos. Eles são levados a uma clareira na ilha Nusakambangan, onde existe uma série de pequenos postes de madeira, onde serão posicionados para morrer. No local, passarão um curto período de tempo com um conselheiro religioso, enquanto 12 homens do pelotão de fuzilamento prepararam seus fuzis de cinco a dez metros de distância.

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Prima pede anulação de execução de brasileiro na Indonésia:

Caso não morra com os primeiros tiros, a polícia deve atirar na cabeça do condenado. Um médico acompanha o procedimento para determinar a morte de cada um.

Em execuções anteriores, alguns presos foram amarrados aos postes de madeira, enquanto outros foram autorizados a circular mais livremente. Assim como o habitual, os condenados poderão estar com mãos e pés atados, ficando sentados ou ajoelhados – com a opção de ter os olhos vendados ou não.

Execução de brasileiro na Indonésia está próxima:

De acordo com o site BuzzFeed, o australiano Myuran Sukumaran dispensou a venda dos olhos. “Myuran sempre me disse que nunca iria se rebaixar, que ele não olharia para baixo, que ninguém iria cobrir seus olhos, e que ele iria enfrentá-lo com dignidade”, contou o mentor do condenado no fim de semana.

Os presos condenados pelo mesmo crime serão mortos juntos.  Os dois australianos e o brasileiro passaram suas últimas horas com os familiares, que saíram de suas visitas aos prantos.  

Saiba quem são os condenados:

Rodrigo Muxfeldt Gularte

Paranaense, foi preso em julho de 2004 no aeroporto Sukarno Hatta, em Jacarta, com 6kg de cocaína escondidos em pranchas de surfe. Foi condenado à morte em 2005.

Ele foi diagnosticado por mais de uma vez com esquizofrenia. Gularte foi submetido a um exame a pedido das autoridades indonésias em março, mas o resultado jamais foi divulgado, apesar de pedidos da família e do governo brasileiro.

Myuran Sukumaran

Sukumaran tem 33 anos e é cidadão australiano nascido em Londres. Em 2006, uma corte em Bali considerou-o chefe do "Os Nove de Bali" - um grupo de australianos preso em Bali com mais de 8 kg de heroína que seriam enviadas para a Austrália.

Foi condenado à morte em 2006 e teve seu pedido de clemência rejeitado em dezembro de 2014.

Andrew Chan

Chan, de 31 anos, é australiano e junto com Sukumaran foi condenado à morte em 2006 por pertencer ao grupo "Os Nove de Bali". Ele foi preso no aeroporto de Bali em abril de 2005 e teve seu pedido de clemência negado em janeiro deste ano. A defesa também argumenta que ele se recuperou na prisão, e dá aulas sobre a Bíblia e de culinária.

Chan casou-se com uma indonésia na prisão, nesta segunda-feira, um de seus últimos pedidos. 

Mary Jane Fiesta Veloso

Veloso, 30, é filipina e tem dois filhos. Ela é a única mulher no grupo e foi presa no aeroporto de Yogyakarta em abril de 2010 e condenada em outubro do mesmo ano à pena de morte, por tentar entrar com 2,5 kg de heroína na Indonésia.

Ela disse que viajou ao país porque uma amiga da família havia lhe prometido um emprego e que a droga teria sido colocada em sua mala.

Raheem Agbaje Salami

Salami é um nigeriano com passaporte espanhol, que entrou no país asiático com o nome de Raheem Agbaje Salami.

Martin Anderson

Anderson é cidadão de Gana nascido em Londres em 1964. Ele foi preso em Jacarta em 2003. Seu pedido de clemência foi rejeitado em janeiro deste ano.

Zainal Abidin bin Mgs Mahmud Badarudin

Badarudin é o único cidadão indonésio no grupo. Ele foi preso em dezembro de 2000 e condenado à morte por posse de maconha no ano seguinte. Sua clemência foi negada em janeiro deste ano.

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Fonte: Terra
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