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Ásia

Governo de Hong Kong declara fim de protestos pró-democracia

Segundo o chefe do governo local, movimento provocou "graves perdas" à economia e a "erosão" do Estado de Direito

15 dez 2014 - 07h27
(atualizado às 08h40)
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<p>Manifestantes, em sua maioria estudantes e jovens trabalhadores, exigiam a instaura&ccedil;&atilde;o de um verdadeiro sufr&aacute;gio universal</p>
Manifestantes, em sua maioria estudantes e jovens trabalhadores, exigiam a instauração de um verdadeiro sufrágio universal
Foto: Tyrone Siu / Reuters

O governo de Hong Kong declarou, nesta segunda-feira, o fim dos protestos dos manifestantes pró-democracia, iniciados em setembro, depois que a polícia desalojou o último acampamento e prendeu algumas pessoas.

"Após a retirada da área ocupada em Causeway Bay, este episódio de ocupação ilegal que durou mais de dois meses pode ser considerado encerrado", disse o chefe do governo local, Leung Chun-ying. O movimento provocou "graves perdas" à economia e a "erosão" do estado de Direito, completou Leung Chun-ying.

O acampamento que restava era o menor de todos os que foram ocupados em 28 de setembro pelos manifestantes. Eles exigiam a instauração de um sufrágio universal pleno na ex-colônia britânica. O local contava com 20 pessoas, que desmontaram as barracas após a intervenção policial.

Os militantes destacaram, porém, que pretendem retornar aos protestos."Estou pronta para sair, não quero ser detida, Quero continuar viva para novos confrontos", disse Judy Kong.

Na semana passada, a polícia desmantelou o principal acampamento dos manifestantes, no bairro de Admiralty, perto das sedes das instituições públicas.

Os manifestantes, em sua maioria estudantes e jovens trabalhadores, exigiam a instauração de um verdadeiro sufrágio universal e denunciavam o controle de Pequim sobre os candidatos ao posto de chefe do Executivo local.

A China aceita o princípio do sufrágio universal para a eleição do próximo chefe do Executivo de Hong Kong em 2017, mas exige que os candidatos recebam o aval de um comitê, o que, segundo os militantes pró-democracia, resultaria na escolha de um candidato controlado por Pequim.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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