O Ministério de informação da Tailândia bloqueou o Facebook nesta quarta-feira e planeja manter conversações com sites de relacionamento social para estancar os protestos contra o governo militar, disse um alto funcionário.
"Nós bloqueamos temporariamente a amanhã vamos convocar um encontro com outras mídias sociais, como Twitter e Instagram, para lhes pedir cooperação", disse Surachai Srisaracam, secretário do Ministério de Informação e Tecnologia da Comunicação, em declaração à Reuters.
"Está em andamento agora uma campanha para incentivar as pessoas a realizar protestos contra o Exército, por isso precisamos pedir cooperação da mídia social para nos ajudar a deter a disseminação de mensagens críticas ao golpe", disse ele.
Com a medida, mais de 30 milhões de contas de Facebook foram bloqueadas nesta quarta-feira na Tailândia, quase uma semana depois dos militares darem um golpe de Estado. Os usuários começaram a ter problemas para se conectar com seus computadores e telefones celulares à rede social a partir das 15h locais (5h de Brasília), informou o jornal "Bangcoc Post".
As redes sociais tornaram-se os últimos focos da liberdade de expressão dos críticos, que também realizaram protestos nas ruas de Bangcoc. Além delas, a junta militar que governa a Tailândia bloqueou 219 sites sob a alegação de que são uma ameaça para a "segurança nacional", segundo informou nesta quarta-feira a imprensa local.
A mídia impressa, rádios e TVs já foram instruídas a evitar reportagens críticas ao golpe de Estado dos militares em 22 de maio.
O secretário permanente do Ministério de Informação e Tecnologia de Comunicação, Surachai Srisakam, disse na terça-feira à imprensa que um plano está sendo elaborado para que a vigilância da internet seja "mais eficiente".
Desde o fim da monarquia absolutista em 1932, o país viveu 19 golpes militares, dos quais 12 tiveram êxito.
Com informações da Reuters e EFE.
Soldados tailandeses montam guarda no Clube do Exército, depois que o general Prayuth Chan-ocha se reuniu com líderes anti-governo, no local, no centro de Bangoc
Foto: AFP
Imagem mostra, em meio a arames de segurança, soldados em posição de guarda em um posto do governo, próximo a Bangoc. Nesta quinta-feira, o exército da Tailândia deu um golpe de Estado no país.
Foto: AFP
Manifestantes anti-governo descansam em um acampamento , montado em Bangoc
Foto: AFP
Jornalistas entrevistam Luang Pu Buddha Isara, líder dos manifestantes que ocupam o governo. O Exército ordenou que os acampamentos de manifestantes fossem desfeitos, e soldados atiraram para o ar para dispersar ativistas pró-governo unidos nos arredores de Bangcoc
Foto: AFP
Membro de grupo pró-governo caminha próximo a um soldado tailandês em um acampamento na província de Nakhon Pathom, em Bangoc, em 22 de maio. O Exército ordenou que os acampamentos de manifestantes fossem desfeitos logo após o anpundcio go golpe militar
Foto: Reuters
Soldados tailandeses tomam suas posições no Clube do Exército após anúncio o comandante do exército, Prayuth Chan-ocha, tomar controle do governo paós um golpe militar
Foto: Reuters
Militares fazem guarda do lado de fora do Clube do Exército, onde foi realizado um encontro entre facções rivais para a discussão da crise no país, no centro de Bangoc
Foto: Reuters
Militar prepara para agir próximo ao local onde grupos se reuniram para discutr a crise política na Tailândia, na capital, Bancoc, em 22 de maio. O golpe militar foi aplicado dois dias após o Exército declarar lei marcial no país
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O general Prayuth Chan-ocha desembarca em Bangoc antes do encontro com oficiais do alto escalão, após o Exército declarar lei marcial na tentativa de retomar a ordem no país
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Monges budistas caminham próximos a soldados que montam guarda em um posto de inspeção, perto de um acampamento montado por manifestantes pró-governo em Bangoc, em 22 de maio
Foto: Reuters
Soldados garantem a segurança do Clube do Exército, onde foi realizado um encontro entre facções rivais para a discussão da crise na Tailândia