Hong Kong: milhares fazem vigília por massacre de 1989
Dezenas de milhares de pessoas se reuniram em parque de Hong Kong nesta quarta-feira para homenagear as vítimas do massacre na Praça da Paz Celestial há 25 anos
Dezenas de milhares de pessoas se reuniram no parque Victoria, em Hong Kong, nesta quarta-feira, para marcar os 25 anos do massacre na Praça da Paz Celestial, que ainda é um "tabu" no país.
No parque de Hong Kong, os manifestantes seguraram velas para homenagear as centenas de vítimas do massacre. As chamas eram apagadas durante a leitura dos nomes das pessoas que morreram em 4 de junho de 1989. Enquanto isso, em meio à escuridão, eram exibidas imagens da repressão em telões gigantes.
"Este acontecimento tem de inspirar o coração de todos, não podemos permitir que o tempo o apague", declarou um estudante de 19 anos.
Os habitantes de Hong Kong, ex-colônia britânica, são os únicos que podem protestar abertamente contra a chamada Primavera de Pequim.
Em Pequim, as autoridades fizeram uma forte campanha de "manutenção da estabilidade", proibindo protestos e lembranças, numa tentativa de evitar ações em memória do massacre da Praça de Tiananmen, mais conhecida no Brasil como Praça da Paz Celestial, em 4 de junho de 1989.
Na ocasião, o governo chinês enviou tropas e tanques de guerra para a praça, onde estudantes se concentravam há meses em um protesto pedindo liberdade e reformas políticas. O governo afirmou que 241 pessoas morreram na noite de 3 de junho de 1989. Mas, segundo órgãos de direitos humanos, mais de 2500 pessoas perderam a vida.
O governo chinês vê o protesto de 1989, que terminou com vários mortos, como uma ação "contrarrevolucionária".
Com informações da Reuters e AFP.
Dezenas de milhares de pessoas participaram de uma vigília, à luz de velas, no Victoria Park, em Hong Kong, nesta quarta-feira, 4 de junho
Foto: AP
O ato marca o 25º aniversário do massacre da Praça da Paz Celestial, ocorrido na noite de 3 para 4 de junho de 1989, em Pequim
Foto: Reuters
Na ocasião, o governo chinês enviou tropas e tanques de guerra para a praça, onde estudantes realizavam protestos pedindo liberdade e reformas políticas, durante dois meses
Foto: Reuters
A segurança na praça Tiananmen, em Pequim, palco do massacre, foi fortemente reforçada em 2014 a fim de evitar protestos, como este (foto), ocorrido em Hong Kong, nesta quarta-feira, 4 de junho
Foto: Reuters
Dezenas de milhares de pessoas participaram de uma vigília, à luz de velas, no Victoria Park, em Hong Kong, nesta quarta-feira, 4 de junho
Foto: Reuters
Os manifestantes levantaram velas para lembrar as centenas de pessoas que perderam suas vidas durante a repressão ocorrida em 1989, em Pequim
Foto: AP
Dezenas de milhares de pessoas participaram de uma vigília, à luz de velas, no Victoria Park, em Hong Kong, nesta quarta-feira, 4 de junho
Foto: Reuters
Um policial paramilitar à paisana com um guarda-chuva, ao centro, olha para trás, enquanto seu companheiro uniformizado monta guarda durante uma cerimônia de hasteamento da bandeira na Praça Tiananmen, em Pequim, China, nesta quarta-feira, 4 de junho. A segurança na praça foi reforçada para evitar qualquer tentativa de comemorar publicamente um dos capítulos mais sombrios da história chinesa recente
Foto: AP
Familiares de pessoas que foram mortas na repressão militar de 1989 prestam homenagem em frente ao túmulo de Yuan Li, uma das vítimas, no cemitério público em Beijing, China, em 4 de junho