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Ásia

Índia inicia sua 'maratona' eleitoral nesta segunda-feira

7 abr 2014 - 02h02
(atualizado às 02h02)
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As primeiras horas de votação transcorreram sem incidentes
As primeiras horas de votação transcorreram sem incidentes
Foto: Reuters

A Índia começou nesta segunda-feira nos Estados do nordeste de Assam e Tripura uma maratona eleitoral que terá nove períodos e no qual o nacionalista hindu Narendra Modi sai como favorito para assumir o poder. Os colégios eleitorais abriram às 07h (horário local, 23h30 de domingo em Brasília) em cinco distritos eleitorais em Assam e um em Tripura, com um total de 7,6 milhões de eleitores convocados às urnas, informaram fontes eleitorais à imprensa local.

As primeiras horas de votação transcorreram sem incidentes apesar de o pleito coincidir com a data de fundação de um grupo independentista armado em Assam, estado onde a votação será retomada no dia 12 - da mesma forma que em Tripura - e 24 deste mês. Cerca de 814 milhões de pessoas foram convocadas a votar na Índia de maneira sucessiva durante as próximas cinco semanas até o dia 12 de maio, último dia de votação, enquanto os resultados serão conhecidos no dia 16 desse mês.

Após uma década no poder, o governante Partido do Congresso, da dinastia Nehru-Gandhi, chega muito desgastado ao pleito com o arrefecimento da economia, a falta de emprego para os jovens, o alto preço dos alimentos e acossado por casos de corrupção. Rahul Gandhi, bisneto, neto e filho de primeiros-ministros, não convence segundo as pesquisas a um jovem eleitorado que tem mais expectativas após uma década de alto crescimento econômico.

Observadores locais e pesquisas apontam que Modi, candidato do principal partido da oposição, o Bharatiya Janata Party (BJP), sai como favorito com um discurso centrado no desenvolvimento e na economia. No entanto, Modi desperta temor entre as minorias religiosas por causa de seu suposto envolvimento no massacre de quase mil muçulmanos em 2002 em Gujarat, estado que governa desde 2001.

No processo eleitoral 930 mil colégios eleitorais serão habilitados, 12% mais que há cinco anos, com 1,4 milhão de urnas eletrônicas. As máquinas para votar serão transportadas para as regiões mais remotas por ar, estrada, mar e inclusive com mulas e elefantes. No processo eleitoral trabalharão 11 milhões de pessoas.

EFE   
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