Indonésia adia execução de condenados por tráfico de droga
Brasileiro está entre os condenados, que serão executados após o Congresso Ásia-África, no fim do mês
A Procuradoria indonésia anunciou nesta quinta-feira que a próxima execução de vários condenados à morte por tráfico de droga, incluindo a de um brasileiro, vai ser adiada para depois do Congresso Ásia-África, previsto para o fim do mês.
“A realização do Congresso Ásia-África é a principal razão para a suspensão”, disse o porta-voz da Procuradoria, Tonny T. Spontana. Ele havia informado inicialmente que a execução ocorreria em abril, informa o jornal The Jakarta Post.
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O cidadão brasileiro Rodrigo Gularte, detido em 2004 com seis quilos de cocaína escondidos em pranchas de surf e condenado no ano seguinte, em 2005, está entre os 11 presos que aguardam execução.
As autoridades não querem fazer as execuções enquanto estiverem na Indonésia os líderes africanos e asiáticos que vão participar do congresso e comemorar o 60º aniversário da Conferência de Bandung, entre 18 e 24 de abril.
Apesar dos pedidos de clemência por parte dos países de origem dos condenados, como a Austrália, o Brasil e a França, o presidente indonésio, Joko Widodo, reiterou a firmeza do seu governo contra o tráfico de droga e rejeitou todos os apelos.
Em janeiro, a Indonésia executou seis traficantes, incluindo o brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, o que causou uma crise diplomática com o Brasil.
A Indonésia, que retomou as execuções em 2013 depois de cinco anos de moratória, tem 133 prisioneiros aguardando execução, dos quais 57 condenados por tráfico de droga, dois por terrorismo e 74 por outros crimes.
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