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Ásia

Irmã de paquistanesa assassinada grávida acusa o cunhado

31 mai 2014 - 13h49
(atualizado às 13h51)
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A família da mulher paquistanesa grávida, que foi espancada até a morte em plena luz do dia esta semana, acusou o marido dela de tê-la matado, ao contrário da versão apresentada por ele, numa história que tem chocado o mundo todo.

A polícia e testemunhas disseram que Farzana Iqbal, de 25 anos, foi assassinada por agressores, inclusive seu próprio pai, do lado de fora de um prédio do tribunal na terça-feira, porque ela havia se casado com um homem que ela mesma escolheu, Muhammed Iqbal, em vez de se casar com um primo que eles haviam escolhido para ela.

Mas, neste sábado, a irmã mais velha de Farzana disse que foi Iqbal que a matou."Muhammed Iqbal e seus cúmplices mataram Farzana, e o pai dela e o resto da família foram injustamente acusados do assassinato", disse Khalida Bibi aos repórteres na cidade de Lahore.

"Eu estava presente na cena do crime, quando ela saiu do escritório do advogado, e assim que ela nos viu, do outro lado da rua, correu em nossa direção. Iqbal e seus cúmplices correram atrás dela e bateram nela com tijolos."

Iqbal diz que eles se casaram por amor, em janeiro. Na sexta-feira, ele disse à Reuters que ele e sua esposa foram atacados pela família dela do lado de fora da Corte Suprema de Lahore, capital cultural do Paquistão.

Em uma macabra reviravolta, Iqbal também admitiu ter matado sua primeira esposa em uma discussão sobre Farzana, em 2009.

Khalida Bibi disse que passou 13 dias com Farzana em um abrigo para mulheres no mês passado, onde ela disse que estava se escondendo de Iqbal.

"Ela me disse que Iqbal a tinha sequestrado e forçado a se casar com ele", ela disse. "Ela temia que Iqbal a matasse, como fez com sua esposa anterior, Ayesha."

Muitas famílias conservadoras no Paquistão consideram uma vergonha que uma mulher se apaixone e escolha seu próprio marido. A recusa em aceitar casamentos arranjados frequentemente resulta em “crimes de honra”.

Em 2013, 869 casos foram divulgados pelos meios de comunicação, de acordo com a Comissão de Direitos Humanos do Paquistão, e o número real de casos é, provavelmente, maior, pois muitos casos não são notificados.

(Por Mubasher Bukhari)

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