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Ásia

Japão confirma suspensão de sanções contra Coreia do Norte

Governo do Japão aprovou suspender restrições de viagem e remessas para Coreia do Norte

4 jul 2014 - 02h47
(atualizado às 02h49)
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<p class="text">Jap&atilde;o&nbsp;aceitou retirar parte das restri&ccedil;&otilde;es impostas sobre o pa&iacute;s vizinho em 2006 pelos v&aacute;rios lan&ccedil;amentos de m&iacute;sseis de longo e m&eacute;dio alcance de&nbsp;Pyongyang</p>
Japão aceitou retirar parte das restrições impostas sobre o país vizinho em 2006 pelos vários lançamentos de mísseis de longo e médio alcance de Pyongyang
Foto: Kyodo News / AP

O governo do Japão aprovou nesta sexta-feira a suspensão das sanções unilaterais que mantinha sobre a Coreia do Norte em matéria de deslocamentos e envio de remessas entre os dois países após certificar que Pyongyang vai investigar os sequestros de cidadãos japoneses cometidos há décadas pelo regime comunista.

Após a reunião do Gabinete, o governo de Shinzo Abe certificou que o comitê que a Coreia do Norte formou para analisar os sequestros está suficientemente capacitado para resolvê-los.

Por isso, aceitou retirar parte das restrições impostas sobre o país vizinho em 2006 pelos vários lançamentos de mísseis de longo e médio alcance realizados pela Coreia do Norte.

Com isso, já não será mais necessário solicitar autorização ao governo japonês para enviar uma quantidade superior a 3 milhões de ienes (US$ 29,3 mil) para a Coreia do Norte, nem para levar mais de 100 mil ienes (US$ 980) em viagem ao país vizinho.

Também não será mais impedida, como norma geral, a entrada de norte-coreanos no Japão, assim como a reentrada dos residentes no Japão ligados à associação Chongryon - considerado o órgão que representa 'de facto' a Coreia do Norte diante do governo japonês - que forem ao Estado comunista.

Além disso, a Administração japonesa deixará de recomendar a seus cidadãos que deixem de viajar para Coreia do Norte e permitirá que embarcações norte-coreanas atraquem nos portos japoneses, sempre que for por razões humanitárias.

Isso exclui, a princípio, a balsa Mangyongbong-92, que conectava o porto norte-coreano de Wonsan (sudoeste) com o de Niigata, no noroeste do Japão, e que entre 1992 e 2006 foi a única conexão direta entre os dois países.

Os membros do Chongryon pediram, sem sucesso, que Tóquio permitisse que o navio voltasse a operar por motivos humanitários, já que a balsa era o único meio utilizado pelos membros da organização para visitar suas famílias na Coreia do Norte.

No que diz respeito ao restante das sanções que foram impostas em 2006 após o lançamento de mísseis no Mar do Japão, o governo japonês continuará impedindo as trocas comerciais entre os dois países e também a aterrissagem em solo japonês de qualquer avião que tenha sido fretado na Coreia do Norte.

Tóquio afirma que, entre 1977 e 1983, pelo menos 17 cidadãos japoneses (dos quais apenas cinco retornaram ao Japão) foram sequestrados pela Coreia do Norte para lecionar a cultura e o idioma japonês em seus programas de treinamento de espiões.

Os dois países acordaram em maio que Tóquio reduziria parte de suas sanções se Pyongyang articulasse uma investigação minuciosa para resolver o tema dos sequestros.

EFE   
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