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Ásia

Japão e EUA medem radiação após teste nuclear norte-coreano

6 jan 2016 - 04h32
(atualizado às 08h15)
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O primeiro-ministro japonês Shinzo Abe criticou fortemente o teste nuclear realizado pela Coreia do Norte
O primeiro-ministro japonês Shinzo Abe criticou fortemente o teste nuclear realizado pela Coreia do Norte
Foto: EFE

Japão e Estados Unidos enviaram nesta quarta-feira aviões de reconhecimento para uma região próxima da península coreana para medir a radioatividade no ar, depois que a Coreia do Norte anunciou a realização de seu primeiro teste com uma bomba termonuclear.

Uma aeronave das Forças de Autodefesa do Japão recolherá amostras de ar para analisar a presença de partículas radioativas, o que poderia ser um indício do novo teste atômico do regime de Kim Jong-un, informaram fontes governamentais à agência japonesa de notícias "Kyodo".

Os Estados Unidos também enviaram aviões à região com o mesmo objetivo, assim como procederam nos testes nucleares anteriores de Pyongyang, em 2006, 2009 e 2013, disse à Agência Efe um porta-voz do Ministério da Defesa do Japão.

Se forem encontrados materiais radioativos no ar, eles podem oferecer informações sobre a natureza do teste nuclear supostamente realizado por Pyongyang.

No entanto, no último experimento atômico norte-coreano, em 2013, os aviões de reconhecimento não encontraram vestígios de radiação, o que poderia indicar que a Coreia do Norte lacrou completamente os túneis onde aconteceu a detonação.

A Coreia do Norte anunciou hoje em sua emissora de televisão estatal que realizou seu primeiro teste com uma bomba nuclear de hidrogênio, pouco depois que um terremoto de magnitude 5.1 foi detectado no nordeste do país como consequência da detonação atômica.

Antes do anúncio, centros sismológicos de Coreia do Sul, EUA, China e Japão tinham detectado um terremoto com magnitude entre 4,2 e 5,1 no nordeste do país, perto da base de testes nucleares de Punggye-ri, onde ocorreram os experimentos anteriores.

Caso seja confirmada, a detonação de hoje seria a primeira de Pyongyang com uma arma termonuclear, cuja detonação é muito mais poderosa que a dos dispositivos atômicos convencionais utilizados pela Coreia do Norte em seus experimentos anteriores.

EFE   
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