O governo japonês qualificou nesta segunda-feira de "ilegal" o referendo de adesão à Rússia realizado ontem na Crimeia, e exigiu que Moscou respeite a soberania e a integridade territorial da Ucrânia.
A consulta, que segundo os resultados oficiais provisóriosderam um sonoro sim à reunificação com a Rússia, "não tem validade jurídica", afirmou hoje o ministro porta-voz do Japão, Yoshihide Suga, em entrevista coletiva.
Por isso o executivo japonês exigiu que a Rússia "respeite a lei internacional em sua totalidade, assim como a soberania e a integridade territorial da Ucrânia", assinalou Suga. Na mesma linha, o Japão pediu "que (a Rússia) não dê nenhum passo para a incorporação da Crimeia".
"Daremos uma resposta apropriada após observar o debate das partes envolvidas como a União Europeia (UE), a resposta da Rússia e a situação na Ucrânia", disse o ministro japonês de Relações Exteriores, Fumio Kishida.
Altos oficiais do governo anunciaram hoje que o Japão "continuará trabalhando" com as outras seis grandes potências do G7 (EUA, Canadá, Alemanha, Reino Unido, França e Itália) mais a União Europeia, para dar uma resposta coordenada à situação na Ucrânia, publicou a agência "Kyodo".
Em particular, o executivo japonês cogita impor sanções econômicas similares às anunciadas pelos Estados Unidos e pela UE na semana passada para pressionar Moscou, e que incluem o congelamento de vistos e ativos de altos funcionários russos e ucranianos.
Japão mediu suas reações na crise da Ucrânia para não deteriorar sua relação com a Rússia, país com o qual mantém uma disputa territorial sobre as ilhas Curilas meridionais (no nordeste de Hokkaido).
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Jovem sai da cabine de votação após registrar seu voto no referendo da Criméia
Foto: Reuters
Um cachorro fantasiado foi fotografado durante a votação nesta manhã, na Criméia, na costa do Mar Negro.
Foto: Reuters
Manifestantes fizeram neste domingo um mapa da região da Criméia, pintado com as cores da Ucrânia
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Soldados ucranianos fazem a proteção na unidade da Vila Pelvane, como proteção de uma invasão russa
Foto: AP
Mulher vota no referendo na Criméia, com bandeira da Rússia na mão
Foto: Reuters
Voto é registrado na urna da Criméia neste domingo. Hoje, às 15h no horário de Brasília, termina a votação
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Na manhã deste domingo, começou na Criméia, Ucrânia, o referendo sobre a anexação do estado à Rússia. Pessoas ainda fazem protesto, por isso o exército faz a segurança
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População começa a votar na Criméia. 1,5 milhão de pessoas devem ir às urnas. A votação acaba às 15h no horário de Brasília, 20h no horário local
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Manifestantes pedem que não exista " fascismo aqui", diziam neste protesto feito neste domingo, durante a votação do referendo
Foto: AFP
Russos se reuniram no centro de Moscou neste sábado para pedir para na Ucrânia, neste sábado, um dia antes do referendo que decide se a Criméia será ou não anexada à Rússia
Foto: AFP
Bandeiras da Rússia e da Ucrânia se misturaram no meio deste protesto contra Vladimir Putin, no centro de Moscou
Foto: AFP
Pessoas favoráveis à Ucrânia levaram balões com as cores do país
Foto: AFP
15 mil simpatizanes do governo Putin foram às ruas de Moscou
Foto: AFP
Segundo as autoridades pelo menos 50 mil pessoas foram ao centro de Moscou nesta passeata " pró Criméia"
Foto: AFP
Em meio a estes protestos, autoridades ucranianas afirmam que a Rússia fará uma invasão no país