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Ásia

Japão suspenderá algumas sanções contra Coreia do Norte

Governo japonês considera que Pyongyang demonstrou vontade de resolver o problema ao aceitar a reabertura do caso do sequestro dos cidadãos japoneses na Coreia do Norte

3 jul 2014 - 00h09
(atualizado às 00h41)
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Decisão ocorre após as duas partes se reunirem em Pequim
Decisão ocorre após as duas partes se reunirem em Pequim
Foto: Kyodo News / AP

O Japão suspenderá algumas sanções unilaterais que impôs à Coreia do Norte, anunciou nesta quinta-feira o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, ao final das negociações sobre o sequestro de japoneses durante a Guerra Fria.

"Levantaremos parte das medidas impostas pelo Japão", disse Shinzo Abe à imprensa, acrescentando que o governo considera que Pyongyang demonstrou vontade de resolver o problema ao aceitar a reabertura do caso do sequestro dos cidadãos japoneses na Coreia do Norte.

"Decidimos que foi estabelecido um mecanismo sem precedentes para a adoção de decisões nacionais. Em consequência, suspendemos parte das sanções adotadas pelo Japão".

A decisão ocorre após as duas partes se reunirem em Pequim para discutir o paradeiro de centenas de pessoas que o Japão afirma terem sido sequestradas para ensinar aos espiões norte-coreanos o idioma e os costumes japoneses, durante as décadas de 70 e 80.

As sanções japonesas foram agregadas às medidas impostas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas após os testes nucleares e de mísseis balísticos realizados por Pyongyang.

Segundo a imprensa japonesa, Tóquio eliminará a exigência de declaração de quantias superiores a 100 mil ienes (1.000 dólares) em dinheiro para os norte-coreanos que viajam ao Japão, e permitirá a atracação de navios da Coreia do Norte nos portos japoneses em caso de força maior.

A Coreia do Norte admitiu em 2002 o sequestro de 13 cidadãos japoneses para contribuir com o treinamento de seus espiões. Cinco dos sequestrados puderam voltar ao Japão, e as autoridades norte-coreanas informaram a morte de oito, sem apresentar evidências sobre os óbitos.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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