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Ásia

Japão vai devolver centenas de quilos de plutônio aos EUA

Anúncio é considerado uma vitória para Obama, que busca garantir a segurança das reservas de materiais radioativos em todo o mundo

24 mar 2014 - 12h24
(atualizado às 12h31)
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<p>Yosuke Isozaki, à direita, assessor especial do premiê japonês durante anúncio no primeiro dia de uma cúpula nuclear, em Haia, na Holanda, nesta segunda-feira, 24 de março</p>
Yosuke Isozaki, à direita, assessor especial do premiê japonês durante anúncio no primeiro dia de uma cúpula nuclear, em Haia, na Holanda, nesta segunda-feira, 24 de março
Foto: AP

O Japão prometeu nesta segunda-feira devolver aos Estados Unidos centenas de quilos de urânio e plutônio que foram entregues para pesquisas durante a Guerra Fria e que podem ser utilizados para fabricar bombas atômicas.

"Ao reenviar estes materiais nucleares, podemos prevenir o risco de ataques nucleares terroristas", afirmou o conselheiro especial japonês para a questão nuclear, Yosuke Isozaki, em uma entrevista coletiva à margem da reunião de Segurança Nuclear (NSS) que acontece em Haia.

Washington havia insistido na devolução do material de qualidade militar, necessário para a construção de uma bomba atômica.

O material está armazenado em um complexo 140 km ao nordeste da capital japonesa, um alvo fácil para os terroristas, segundo analistas.

De acordo com várias fontes, o Japão dispõe de mais de 300 quilos de plutônio e quase 200 quilos de urânio 235 (altamente enriquecido). O material foi entregue ao país por Grã-Bretanha e Estados Unidos.

O Japão não possui armas atômicas, mas este material poderia permitir a construção de uma dezena de armas nucleares.

O anúncio é considerado uma vitória para o presidente americano Barack Obama, que busca garantir a segurança das reservas de materiais radioativos em todo o mundo.

A reunião de Segurança Nuclear (NSS) reúne em Haia representantes de quase 50 países. À margem do encontro será organizada uma reunião do G7 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) que discutirá a situação na Ucrânia.

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