Japoneses se juntaram ao Estado Islâmico, diz autoridade
Pelo menos nove cidadãos japoneses teriam ingressado no grupo jihadista
O ex-comandante da Força Aérea do Japão Toshio Tamogami disse ter ouvido de uma autoridade israelense de alto escalão que nove cidadãos japoneses se juntaram ao Estado Islâmico (EI), mas o principal porta-voz do governo japonês afirmou nesta sexta-feira não poder confirmar a informação.
Tamogami, agora um dos membros mais destacados de um novo e pequeno partido político, disse que o diretor-geral do Ministério de Relações Exteriores de Israel, Nissim Ben Shitrit, o informou no mês passado que nove japoneses ingressaram no grupo Estado Islâmico.
Questionado sobre a possibilidade de participação de cidadãos japoneses no grupo militante, o secretário-chefe do gabinete, Yoshihide Suga, disse em uma coletiva de imprensa de rotina que "o governo não confirmou tal informação."
Ninguém se encontrava imediatamente disponível para comentar na embaixada de Israel em Tóquio, no Ministério de Relações Exteriores israelense ou no Ministério das Relações Exteriores japonês.
Tamogami não deu mais nenhum detalhe à Reuters além do número de japoneses ingressantes no grupo militante, dado que teria sido fornecido a ele em uma reunião com Shitrit, um ex-embaixador de Israel no Japão.
"Eu não sei nada além disso", disse Tamogami. "Ele foi cauteloso ao falar." De acordo com o blogue de Tamogami, a reunião ocorreu em Israel no dia 12 de setembro.
Estima-se que cerca mil recrutas de uma vasta região que vai da Índia ao Pacífico se tenham unido ao Estado Islâmico para combater na Síria ou Iraque, disse o comandante do Comando do Pacífico das Forças Armadas dos EUA, o almirante Samuel Locklear, na quinta-feira.