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Ásia

Junta militar da Tailândia convoca intelectuais para reunião

24 mai 2014 - 04h03
(atualizado às 06h05)
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Homem participa de protesto contra o golpe militar em Bangcoc
Homem participa de protesto contra o golpe militar em Bangcoc
Foto: Reuters

A junta militar da Tailândia intimou neste sábado 35 políticos e intelectuais favoráveis à democracia para que compareçam diante das novas autoridades do país, que mantêm a perseguição contra opositores e críticos iniciada após o golpe de Estado da última quinta-feira.

Entre os novos convocados estão os professores da Universidade de Thammasat, Somsak Jeamteerasakul, Worachet Pakeerut e Sawatri Suksri, os dois últimos, membros do coletivo "Nitirat", que defende uma reforma da lei de "lesada altivez", que pune com penas de entre três e 15 anos de prisão o crime de difamação da Casa Real.

Outros intelectuais intimados foram Suda Rangupan, ex-professor da Universidade Chulalongkorn, e Pavin Chachavalpongpun, professor da Universidade de Kioto, informou o jornal Bangkok Post.

A junta fez a convocação um dia depois de intimar outras 150 personalidades políticas e ativistas, entre elas a ex-primeira-ministra Yingluck Shinawatra, além de 22 membros de seu clã familiar e aliados políticos.

Todos eles foram colocados sob custódia após terem se apresentado aos militares e transferidos, já durante a noite, para diversas bases e casas fora da capital controladas pelo Exército.

Os militares também detiveram 21 ativistas dos chamados "camisas vermelhas", grupo que apoia a corrente política dos Shinawatra, após várias batidas em localidades de seu reduto no nordeste do país, segundo o jornal "The Nation".

Desde o golpe, a junta militar suspendeu a Constituição, salvo as disposições referentes ao Rei, decretou o toque de recolher durante a noite e proibiu as reuniões públicas.

Também estabeleceu a censura à imprensa, com o fechamento de emissoras de rádio e televisão, e começou a bloquear sites críticos com o golpe como o da Human Rights Watch, de acordo com uma denúncia feita no Twitter pelo representante da organização no país.

Foto: AFP

EFE   
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