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Ásia

Kim diz que C. do Norte é capaz de lançar ogivas nucleares

9 mar 2016 - 08h00
(atualizado às 08h41)
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Foto: EFE

O líder da Coreia do Norte, Kim Jon-un, afirmou que o país conseguiu miniaturizar com sucesso ogivas nucleares para instalá-las em mísseis, em declarações que coincidem com a publicação de uma fotografia do líder com uma réplica de uma ogiva em miniatura.

"As ogivas nucleares foram padronizadas para que possam servir para mísseis balísticos mediante a miniaturização", afirmou o líder do regime, conforme o texto divulgado pela KCNA.

As declarações de Kim teriam sido feitas durante uma reunião com cientistas e técnicos do programa de desenvolvimento de armas nucleares da Coreia do Norte.

O ditador qualificou as ogivas nucleares como "uma autêntica ferramenta de dissuasão nuclear" contra os inimigos da Coreia do Norte.

Enquanto isso, o jornal "Rodong" do Partido dos Trabalhadores mostrou uma fotografia do "líder supremo" de pé junto ao que especialistas consideram uma réplica de uma ogiva nuclear miniaturizada.

A fotografia -a primeira que Pyongyang mostra um modelo de ogiva nuclear- foi tirada durante a citada reunião, na qual cientistas do regime apresentaram relatórios de seu trabalho a Kim Jong-un e este os felicitou pelo sucesso na hora de miniaturizar os explosivos atômicos, segundo o Rodong.

A fotografia está sendo analisada pelo Ministério da Defesa da Coreia do Sul a fim de conhecer mais detalhes sobre a suposta réplica da ogiva nuclear, confirmou um porta-voz.

Em maio de 2015, Kim já havia garantido, através de outro comunicado similar ao de hoje, que o país havia criado dispositivos nucleares suficientemente pequenos e leves para poder dispará-los mediante projéteis balísticos.

Dita afirmação continua sendo questionada pelos especialistas, que não acreditam que Pyongyang tenha alcançado o nível tecnológico necessário para poder lançar armas nucleares com mísseis.

Pyongyang ameaçou nesta semana realizar ataques nucleares preventivos sobre Seul e Washington em resposta aos exercícios militares conjuntos anuais que ambos começaram a realizar na segunda-feira em solo sul-coreano, os quais a Coreia do Norte considera um teste para invadir seu território.

Estas manobras são as maiores realizadas por ambos países até o momento, e sua dimensão pretende responder aos recentes testes armamentísticos realizados pelo regime norte-coreano.

Há quase uma semana, o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou um duro pacote de sanções para castigar o teste nuclear de janeiro e o lançamento em fevereiro de um satélite mediante um foguete, algo que a comunidade internacional considera um teste encoberto de mísseis.

Pyongyang replicou com o lançamento de vários projéteis de curto alcance e ameaçou responder de maneira "contundente" a estas sanções, que considera uma provocação da comunidade internacional.

EFE   
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