Kim Jong-un pode visitar a Rússia em maio, diz Kremlin
Se for a Moscou, será a primeira viagem do chefe de Estado norte-coreano ao exterior desde que assumiu o poder há pouco mais de três anos
A Coreia do Norte confirmou a visita do chefe de Estado, possivelmente Kim Jong-un, a Moscou no próximo mês de maio, informou nesta quarta-feira o Kremlin à imprensa sul-coreana, o que seria a primeira viagem do "líder supremo" ao exterior desde que assumiu o poder há pouco mais de três anos.
Os chefes de Estado da Coreia do Norte e de outros 19 países confirmaram sua presença nas comemorações do 70º aniversário da vitória sobre a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial, que acontecem em maio, informou um porta-voz do governo russo por e-mail à agência sul-coreana "Yonhap".
O porta-voz do Kremlin, no entanto, não mencionou especificamente o nome de Kim Jong-un na lista de presentes, o que gera dúvidas sobre a presença do mesmo, já que na Coreia do Norte existe o cargo de chefe de Estado honorário que corresponde ao presidente do parlamento, Kim Yong-nam.
Em todo caso, acredita-se que será o jovem líder quem comparecerá às comemorações em Moscou, já que o presidente russo, Vladimir Putin, lhe fez pessoalmente um convite em dezembro.
Caso aconteça, a visita será muito significativa, pois o ditador da Coreia do Norte nunca realizou uma viagem oficial ao exterior nem se reuniu com chefes de Estado desde que assumiu o poder em dezembro de 2011, após a morte de seu pai, Kim Jong-il.
Especialistas consideram que sua possível viagem a Moscou seria mais um sinal da aproximação entre a Coreia do Norte e a Rússia, que nos últimos meses aproximaram suas posições com vários acordos para iniciativas conjuntas, entre eles um ambicioso projeto ferroviário.
O considerado número 3 do regime norte-coreano, Choe Ryong-hae, esteve na Rússia em novembro, onde se reuniu com o presidente Putin e ambos reforçaram a necessidade de aumentar ainda mais a cooperação entre os dois países.
Os analistas também apontam que a visita de Kim poderia, no entanto, incomodar a China, histórico aliado e principal parceiro econômico do regime norte-coreano,
Em contraste com a aproximação com a Rússia, as relações da Coreia do Norte com a China esfriaram desde que o regime de Pyongyang realizou seu terceiro teste nuclear no início de 2013.