Kim Jong-un, o líder norte-coreano, teria ordenado a execução de toda a família de seu tio, morto no mês passado sob acusação de traição e de tentar derrubar o regime por meio de um golpe de Estado. As informações são da agência sul-coreana Yonhap, que cita fontes anônimas na Coreia do Norte e afirma que inclusive crianças e embaixadores teriam sido mortos.
Jang Song-taek, figura importante no governo até a ascensão de Kim Jong-un, foi detido no início de dezembro e fuzilado no dia 12 daquele mesmo mês. Ele chegou a ser um dos homens mais importantes do país na transição entre a morte de Kim Jong-il e a afirmação de seu filho, o atual mandatário.
De acordo com a agência sul-coreana, entre os mortos estão Jang Kye-sun, irmã de Jang Song-taek, e Jon Yong-Jin, marido dela e embaixador norte-coreano em Cuba. Jang Yong-chol, sobrinho de Jang Song-taek e embaixador na Malásia também teria sido executado junto com seus dois filhos.
Os filhos e netos dos dois irmãos mais velhos de Jang Song-taek também estariam entre os fuzilados.
Em clima de ameaças, Kim Jong-un visita militares na fronteira
Soldados saúdam a presença de Kim Jong-un. A ameaça do regime de Kim Jong-un é uma resposta à resolução contra a Coreia do Norte aprovada ontem no Conselho de Segurança da ONU, do qual a China é membro permanente, que aumenta as sanções ao regime comunista em represália ao teste nuclear realizado por Pyongyang em 12 de fevereiro.
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O líder norte-coreano, Kim Jong-un (centro), conversa com militares durante visita a destacamentos próximos à fronteira com a Coreia do Sul na quinta-feira. A Coreia do Norte assegurou hoje que "anulará todos os acordos de não agressão feitos entre o Norte e o Sul" após a Guerra da Coreia (1950-1953) na próxima segunda-feira, 11 de março, segundo um comunicado divulgado pela agência oficial norte-coreana KCNA
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Kim Jong-un conversa com militares em alojamento durante visita aos destacamentos de defesa nas ilhas de Jangjae e Mu
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Moradores das ilhas de Jangjae e Mu abraçam o líder norte-coreano durante sua visita na quinta-feira
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Kim Jong-un é abraçado por militares
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O líder conversa com militares em barco que o levou às ilhas, localizadas ao sudoeste de Pyongyang e nas proximidades da fronteira com a Coreia do Sul
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Kim Jong-un acena na sua chegada a destacamento militar
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Kim Jong-un usa binóculos para observar a movimentação do outro lado da fronteira
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Militares dançam para saudar a presença de Kim Jong-un em base
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Kim Jong-un caminha por trincheira durante visita à base militar em local não identificado