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Ásia

Líder norte-coreano adia plano de atacar ilha de Guam

15 ago 2017 - 09h33
(atualizado às 09h55)
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Líder norte-coreano Kim Jong Un no Comando da Força Estratégica do Exército Popular Coreano 15/08/2017 KCNA/via REUTERS
Líder norte-coreano Kim Jong Un no Comando da Força Estratégica do Exército Popular Coreano 15/08/2017 KCNA/via REUTERS
Foto: Reuters

O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-Un, adiou a decisão de disparar mísseis em direção a Guam enquanto aguarda para ver o que os Estados Unidos farão a seguir, disse a mídia estatal norte-coreana nesta terça-feira, e o presidente da Coreia do Sul afirmou que se empenhará para evitar uma guerra.

Os sinais de diminuição da tensão na península coreana ajudaram os mercados de ações a se reanimarem pelo segundo dia consecutivo nesta terça, ainda que EUA e Coreia do Sul estejam preparando mais exercícios militares conjuntos e especialistas alertarem que Pyongyang ainda pode seguir adiante com seu plano provocador.

Em sua primeira aparição pública em cerca de duas semanas, o líder norte-coreano inspecionou o comando do Exército de seu país na segunda-feira, examinando um plano para disparar quatro mísseis que cairiam perto de Guam, território norte-americano no oceano Pacífico, segundo a agência de notícias estatal KCNA.

"Ele disse que, se os ianques persistirem em suas ações extremamente perigosas e irresponsáveis na península coreana e em sua vizinhança, testando o autocontrole da RPDC (República Popular Democrática da Coreia, nome oficial do país), a última tomará uma decisão importante, como já declarou", disse a agência.

Em fotos publicadas juntamente com a reportagem da KCNA, Kim foi visto segurando um bastão e apontando para um mapa que mostrava a rota de voo dos mísseis, que parecia começar no litoral leste da Coreia do Norte e sobrevoar o Japão rumo a Guam. Pyongyang já ameaçou atacar os EUA e suas bases várias vezes e divulgou fotos semelhantes no passado, mas nunca levou suas ameaças adiante.

Os planos norte-coreanos para disparar mísseis perto de Guam provocaram um aumento nas tensões na região na semana passada, e o presidente norte-americano, Donald Trump, disse que os militares de sua nação estão preparados se a Coreia do Norte agir insensatamente.

O presidente sul-coreano, Moon Jae-in, disse nesta terça-feira que não haverá nenhuma ação militar sem o aval de Seul e que seu governo evitará a guerra por todos os meios.

"Uma ação militar na península coreana só pode ser decidida pela Coreia do Sul, e ninguém mais pode decidir adotar uma ação militar sem o consentimento da Coreia do Sul", disse Moon em um discurso de comemoração do aniversário da liberação nacional do controle militar japonês em 1945.

O feriado do Dia da Libertação, celebrado nas duas Coreias, será seguido de exercícios militares conjuntos de Washington e Seul na semana que vem que certamente irritarão Pyongyang.

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