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Ásia

Líder opositora bengalesa denuncia assassinato de 242 seguidores em um mês

4 fev 2014 - 14h20
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A líder do principal partido da oposição de Bangladesh, Khaleda Zia, denunciou nesta terça-feira o assassinato de 242 seguidores em um mês fruto da violência relacionada com as eleições gerais realizadas no país 5 de janeiro.

Khaleda, chefe do Partido Nacionalista de Bangladesh (BNP), afirmou durante entrevista coletiva na capital Daca que os "assassinatos arbitrários" começaram em 26 de dezembro e se prolongaram por 30 dias, informaram a imprensa local, informaram a imprensa local "BDnews24" e "The Daily Star".

Os dados foram recolhidos a partir de uma investigação realizada pelo próprio partido, que revelou também, segundo Khaleda, que outros 60 simpatizantes foram sequestrados, e acusou diretamente o executivo da governamental Liga Awami de ordenar as mortes e sequestros.

Além disso, a líder do BNP acusou o governo "ilegal" da Liga Awami de reprimir de maneira "bárbara" os membros do seu partido, após conseguir permanecer no poder graças à "farsa" eleitoral.

"Não existem mais dúvidas que tanto este governo quanto o Parlamento são antidemocráticos", sentenciou Khaleda, inimiga ferrenha da primeira-ministra do país, Sheikh Hasina, no poder desde 2008.

A líder da Liga Awami renovou, em 12 de janeiro, seu juramento como chefe de governo, apesar da polêmica gerada após as eleições, nas quais obteve 232 das 300 cadeiras disputadas, diante do boicote da maioria da oposição.

A décima legislatura de Bangladesh, país criado em 1971 após a independência do Paquistão, chega a um de seus momentos mais violentos desde sua sangrenta independência.

No último ano, uma dezena de pessoas - em sua maioria octogenários líderes islamitas, mas também dois líderes do BNP - foram condenados à penas de morte e prisão por crimes de guerra cometidos na disputa que levou à criação do país.

Os contínuos episódios de violência e a incapacidade dos partidos de contê-la levaram em 2007 a instaurar, durante quase dois anos, um regime tutelado pelo exército bengalês.

EFE   
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