As autoridades da Malásia desmentiram nesta segunda-feira que os restos do avião desaparecido da Malaysia Airlines tenham sido encontrados, conforme divulgaram fontes do Vietnã, e informaram que a investigação continua "sem descartar nenhuma possibilidade".
O diretor-geral do departamento de Aviação Civil, Azharuddin Abdul Rahman, disse que 24 aviões e 40 embarcações de Vietnã, China, Cingapura, EUA, Indonésia, Tailândia, Austrália e Filipinas participam das busca no Golfo da Tailândia. "Infelizmente, não encontramos nada que pareça ser do avião nem ele mesmo", disse Azharuddin em entrevista coletiva retransmitida pelo canal malaio TV1.
Azharuddin desmentiu as informações dadas no Vietnã, que, no domingo à noite, teriam confirmado que um avião vietnamita de reconhecimento tinha avistado a cerca de 93 quilômetros ao sul de Tho Chu o que parecia ser, do alto, um fragmento da cauda e uma porta interior de um avião. "Estas informações não foram confirmadas hoje oficialmente pelas autoridades do Vietnã", disse o dirigente de Aviação Civil malaio.
Azharuddin confirmou que várias mostras de óleo recolhidas no mar foram enviadas ao laboratório para esclarecer se são mesmo do B-777 desaparecido, que ainda não teve nenhum sinal detectado.
Enquanto isso agências de inteligência de vários países participam de uma investigação que busca esclarecer a possível mudança de rota que o avião teria feito sem o piloto comunicar nem enviar uma mensagem de alerta e na presença de passageiros com passaportes falsos.
Azharuddin disse que ainda não se descarta nenhuma possibilidade, incluída a de um possível sequestro ou ataque terrorista, mas que por enquanto "estamos igualmente perplexos sobre o que pode ter acontecido com o avião". "Precisamos de provas, restos do avião para determinar o que aconteceu", disse, ao qualificar a situação como um "mistério em aviação sem precedentes".
Segundo Azharuddin, os especialistas analisam as gravações e vídeos de um circuito fechado de televisão de dois passageiros que embarcaram no avião com passaportes roubados.
Azharuddin evitou confirmar se os dois passageiros impostores tem traços asiáticos como havia dito o ministro do interior da Malásia. Ele também disse que cinco passageiros que não embarcaram, apesar de terem feito o check-in, também estão sendo investigados, e informou que toda a bagagem que entrou no avião passou pelos controles de segurança.
O Boeing 777-200 decolou de Kuala Lumpur à 00h41 (hora local, 13h41 de sexta-feira) e tinha previsto aterrissar em Pequim seis horas mais tarde. Seu sinal no radar da Malásia foi perdido uma hora depois da decolagem. O avião transportava 239 pessoas: 227 passageiros, incluídos dois menores, e 12 tripulantes malaios.
24 de março - Membro da família de um passageiro a bordo do vôo MH370 da Malaysia Airlines chora depois de assistir a transmissão da entrevista coletiva, em que o governo malaio confirmou que o avião caiu no oceano Índico. Foto tirada no hotel Lido, em Pequim, na segunda-feira, 24 de março
Foto: AFP
24 de março - Membro da família de um passageiro a bordo do vôo MH370 da Malaysia Airlines chora depois de assistir a transmissão da entrevista coletiva em que o governo malaio confirmou que o avião caiu no oceano Índico. Foto tirada no hotel Lido, em Pequim, na segunda-feira, 24 de março
Foto: Reuters
9 de março - Familiares confortam Chrisman Siegar, a esquerda, e sua esposa Herlina Panjaitan, parentes de Firman Siregar, um dos passageiros do voo MH370 da Malaysia Airlines, desaparecido desde a noite de sexta-feira, em sua residência em Medan, Sumatra do Norte, na Indonésia
Foto: AP
9 de março - Familiares de passageiros do vôo desaparecido da Malaysia Airlines choram no hotel Putrajaya, na Malásia, onde as famílias aguardam informações e recebem assistência
Foto: AP
Parentes choram ao sair do local onde familiares e amigos dos passageiros do avião da Malaysia Airlines estão sendo recepcionados, no aeroporto de Kuala Lumpur, na Malásia
Foto: AP
Parentes reclamam da falta de informações de companhia aérea Malaysia Airlines
Foto: Reuters
8 de março - Familiares dos passageiros que estavam no vôo aguardam informações sobre o desaparecimento da aeronave
Foto: AP
Uma mulher, aos prantos, é ajudada por funcionários do aeroporto de Beijing, onde parentes dos passageiros do avião da Malaysia Airlines esperam por notícias
Foto: AP
8 de março - Porta-voz da Malaysia Airlines, a direita, fala com a imprensa em hotel em Beijing, China
Foto: AP
Boeing 777 da Malaysia Airlines, que desapareceu das telas de controle de tráfego aéreo nas primeiras horas deste sábado, transportando 239 pessoas. O vôo ia de Kuala Lumpur, na Malásia, para Pequim. Foto de dezembro de 2011
Foto: AP
Uma mulher, cercada pela mídia, cobre o rosto em sua chegada em um hotel que está preparado para receber parentes e amigos dos passageiros a bordo do avião desaparecido. Pequim, China, sábado, 8 de março
Foto: AP
Ahmad Jauhari Yahyain, executivo-chefe da Malaysian Airlines Group, fala durante uma coletiva de imprensa em um hotel em Sepang, arredores de Kuala Lumpur, Malásia, neste sábado, 8 de março
Foto: AP
O primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, ao centro, chega à área de espera para a família e amigos de passageiros do vôo da Malaysia Airlines MH370, no aeroporto internacional de Kuala Lumpur, neste sábado, 8 de março
Foto: Reuters
12 de março - Famílias chinesas arremessaram garrafas de água em autoridades, durante entrevista coletiva, na manhã de 12 de março, em Pequim
Foto: Nine Networks / Reprodução
Parentes de passageiros esperam por novas informações em hotel de Pequim nesta terça-feira. Há ameaças de greve de fome para expressar sua raiva a desapontamento com o modo como a situação tem sido conduzida pelas autoridades
Foto: AFP
18 de março - Parentes ameaçaram, onze dias após o sumiço de avião, a fazer greve de fome como forma de expressar raiva a desapontamento com o modo como a situação tem sido conduzida pelas autoridades
Foto: AFP
Em uma folha de papel mostrada para a imprensa, uma mulher, parente de um dos passageiros, pediu o retorno dos familiares e respeito pela vida
Foto: AP
"Nós não temos informações, e todo mundo está compreensivelmente preocupado, afirmou Wen Wanchen, cujo filho estava no avião
Foto: AP
18 de março - Familiares sem notícias disseram que, caso seja necessário, vão até a embaixada malaia para saber informações sólidas. Eles ameaçaram greve de fome nesta terça-feira
Foto: AP
Um membro da família de passageiro a bordo no avião desaparecido grita durante visita de oficiais da companhia ao hotel. Parentes se dizem revoltados com autoridades e com falta de notícias
Foto: Reuters
Parentes de passageiros acompanham o noticiário local para saber mais informações sobre o desaparecimento
Foto: Reuters
Homem mostra papel para a imprensa com mensagem das famílias dos passageitos que amaeaçaram greve de fome em 18 de março
Foto: Reuters
22 de março - Um parente de passageiro chinês do voo do Boeing 777 protestou contra falta de respostas ao desaparecimento neste sábado. Um satélite chinês encontrou objetos ao sul do oceano Índico que podem ser de avião
Foto: AP
22 de março - Parentes aguardam notícias recentes sobre paradeiro de avião desaparecido há 2 semanas. Bebê dorme em cima de cadeiras em hotel na China
Foto: AP
22 de março - Um parente de passageiro chinês do voo do Boeing 777 protestou contra falta de respostas ao desaparecimento neste sábado. Um satélite chinês encontrou objetos ao sul do oceano Índico que podem ser de avião
Foto: AP
22 de março - Parentes dos passageiros acompanham notícias no hotel em Pequim, China. Um satélite encontrou rastros de objetos ao sul do Oceano Índico neste sábado que podem ser pista de avião desaparecido desde 8 de março
Foto: AP
22 de março - Criança com camiseta "Reze pelo MH370" em aeroporto de Kuala Lumpur, na Malásia
Foto: AP
24 de março - Os familiares de passageiros a bordo do vôo MH370 da Malaysia Airlines gritam a choram após assistir à transmissão da entrevista coletiva em que o governo da Malásia confirmou que a aeronave caiu no oceano Índico e que não haveria sobreviventes