A polícia da Malásia investiga um engenheiro de voo que estava a bordo do avião desaparecido da Malaysia Airlines, já que as investigações estão concentradas em qualquer passageiro que tivesse conhecimentos técnicos sobre aviação, informou um alto funcionário da polícia.
O engenheiro de aviação é Mohd Khairul Amri Selamat, 29 anos, um malaio que disse em redes sociais que tinha trabalhado para uma empresa particular de voos fretados.
"Nós estamos investigado Mohd Khairu, bem como os outros passageiros e tripulantes. O foco está em qualquer pessoa que poderia ter habilidades de aviação e que estava naquele avião", disse um alto funcionário da polícia com conhecimento das investigações à Reuters.
Investigadores da Malásia estão vasculhando o perfil dos pilotos, tripulantes e pessoal de terra que trabalharam no Boeing 777-200 da Malaysia Airlines, em busca de pistas sobre o motivo que teria levado alguém a bordo a voar centenas, ou talvez milhares, de quilômetros fora da rota.
Nenhum vestígio, confirmado que seja do avião, foi encontrado em mais de uma semana depois que ele desapareceu, porém os investigadores acreditam que a aeronave tenha sido desviada por alguém com profundo conhecimento do avião e da navegação comercial.
O primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, disse no sábado que as evidências apontam para um desvio deliberado do voo, dada a forma aparentemente controlada com que ele virou e a distância percorrida, a oeste da sua rota original de Kuala Lumpur para Pequim.
Um engenheiro de voo é responsável por supervisionar os sistemas do avião durante os voos, para verificar se estão funcionando corretamente e para fazer reparos, se necessário. Como engenheiro especializado em jatos executivos, Khairul poderia não ter todo o conhecimento preciso para desviar e pilotar um grande jato.
Khairul tinha afirmado que trabalhou para uma empresa de voos fretados com sede na Suíça, chamada ExecuJet Aviation Group, mas a empresa se recusou a confirmar a informação. Em uma foto postada em sua conta do Facebook em 2011, Khairul se identificou como funcionário de operações da empresa.
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"Não podemos divulgar nada. Queremos proteger a privacidade da família", disse um funcionário do escritório da empresa na Malásia.
Khairul é pai de uma filha, comprou recentemente uma casa nos arredores da capital da Malásia, Kuala Lumpur, e tinha mais de 10 anos de experiência como engenheiro de voo, contou seu pai, Selamat Omar, à Reuters. Omar se recusou a dizer se acredita que seu filho poderia ter sido envolvido em qualquer crime.
Selamat Omar disse que ele e outros membros da família deveriam visitar a nova casa de Khairul este mês. Mas Khairul havia dito seu pai na quinta-feira ele teve que ir para um trabalho em Pequim e que eles iriam remarcar. Essa foi a última vez que conversaram .
"Khairul estava indo bem em seu trabalho e era um bom filho. Ele vinha nos visitar, pelo menos uma vez por mês", disse Selamat.
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Parentes aguardam notícias de avião desaparecido na Ásia:
24 de março - Membro da família de um passageiro a bordo do vôo MH370 da Malaysia Airlines chora depois de assistir a transmissão da entrevista coletiva, em que o governo malaio confirmou que o avião caiu no oceano Índico. Foto tirada no hotel Lido, em Pequim, na segunda-feira, 24 de março
Foto: AFP
24 de março - Membro da família de um passageiro a bordo do vôo MH370 da Malaysia Airlines chora depois de assistir a transmissão da entrevista coletiva em que o governo malaio confirmou que o avião caiu no oceano Índico. Foto tirada no hotel Lido, em Pequim, na segunda-feira, 24 de março
Foto: Reuters
9 de março - Familiares confortam Chrisman Siegar, a esquerda, e sua esposa Herlina Panjaitan, parentes de Firman Siregar, um dos passageiros do voo MH370 da Malaysia Airlines, desaparecido desde a noite de sexta-feira, em sua residência em Medan, Sumatra do Norte, na Indonésia
Foto: AP
9 de março - Familiares de passageiros do vôo desaparecido da Malaysia Airlines choram no hotel Putrajaya, na Malásia, onde as famílias aguardam informações e recebem assistência
Foto: AP
Parentes choram ao sair do local onde familiares e amigos dos passageiros do avião da Malaysia Airlines estão sendo recepcionados, no aeroporto de Kuala Lumpur, na Malásia
Foto: AP
Parentes reclamam da falta de informações de companhia aérea Malaysia Airlines
Foto: Reuters
8 de março - Familiares dos passageiros que estavam no vôo aguardam informações sobre o desaparecimento da aeronave
Foto: AP
Uma mulher, aos prantos, é ajudada por funcionários do aeroporto de Beijing, onde parentes dos passageiros do avião da Malaysia Airlines esperam por notícias
Foto: AP
8 de março - Porta-voz da Malaysia Airlines, a direita, fala com a imprensa em hotel em Beijing, China
Foto: AP
Boeing 777 da Malaysia Airlines, que desapareceu das telas de controle de tráfego aéreo nas primeiras horas deste sábado, transportando 239 pessoas. O vôo ia de Kuala Lumpur, na Malásia, para Pequim. Foto de dezembro de 2011
Foto: AP
Uma mulher, cercada pela mídia, cobre o rosto em sua chegada em um hotel que está preparado para receber parentes e amigos dos passageiros a bordo do avião desaparecido. Pequim, China, sábado, 8 de março
Foto: AP
Ahmad Jauhari Yahyain, executivo-chefe da Malaysian Airlines Group, fala durante uma coletiva de imprensa em um hotel em Sepang, arredores de Kuala Lumpur, Malásia, neste sábado, 8 de março
Foto: AP
O primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, ao centro, chega à área de espera para a família e amigos de passageiros do vôo da Malaysia Airlines MH370, no aeroporto internacional de Kuala Lumpur, neste sábado, 8 de março
Foto: Reuters
12 de março - Famílias chinesas arremessaram garrafas de água em autoridades, durante entrevista coletiva, na manhã de 12 de março, em Pequim
Foto: Nine Networks / Reprodução
Parentes de passageiros esperam por novas informações em hotel de Pequim nesta terça-feira. Há ameaças de greve de fome para expressar sua raiva a desapontamento com o modo como a situação tem sido conduzida pelas autoridades
Foto: AFP
18 de março - Parentes ameaçaram, onze dias após o sumiço de avião, a fazer greve de fome como forma de expressar raiva a desapontamento com o modo como a situação tem sido conduzida pelas autoridades
Foto: AFP
Em uma folha de papel mostrada para a imprensa, uma mulher, parente de um dos passageiros, pediu o retorno dos familiares e respeito pela vida
Foto: AP
"Nós não temos informações, e todo mundo está compreensivelmente preocupado, afirmou Wen Wanchen, cujo filho estava no avião
Foto: AP
18 de março - Familiares sem notícias disseram que, caso seja necessário, vão até a embaixada malaia para saber informações sólidas. Eles ameaçaram greve de fome nesta terça-feira
Foto: AP
Um membro da família de passageiro a bordo no avião desaparecido grita durante visita de oficiais da companhia ao hotel. Parentes se dizem revoltados com autoridades e com falta de notícias
Foto: Reuters
Parentes de passageiros acompanham o noticiário local para saber mais informações sobre o desaparecimento
Foto: Reuters
Homem mostra papel para a imprensa com mensagem das famílias dos passageitos que amaeaçaram greve de fome em 18 de março
Foto: Reuters
22 de março - Um parente de passageiro chinês do voo do Boeing 777 protestou contra falta de respostas ao desaparecimento neste sábado. Um satélite chinês encontrou objetos ao sul do oceano Índico que podem ser de avião
Foto: AP
22 de março - Parentes aguardam notícias recentes sobre paradeiro de avião desaparecido há 2 semanas. Bebê dorme em cima de cadeiras em hotel na China
Foto: AP
22 de março - Um parente de passageiro chinês do voo do Boeing 777 protestou contra falta de respostas ao desaparecimento neste sábado. Um satélite chinês encontrou objetos ao sul do oceano Índico que podem ser de avião
Foto: AP
22 de março - Parentes dos passageiros acompanham notícias no hotel em Pequim, China. Um satélite encontrou rastros de objetos ao sul do Oceano Índico neste sábado que podem ser pista de avião desaparecido desde 8 de março
Foto: AP
22 de março - Criança com camiseta "Reze pelo MH370" em aeroporto de Kuala Lumpur, na Malásia
Foto: AP
24 de março - Os familiares de passageiros a bordo do vôo MH370 da Malaysia Airlines gritam a choram após assistir à transmissão da entrevista coletiva em que o governo da Malásia confirmou que a aeronave caiu no oceano Índico e que não haveria sobreviventes