A polícia da Malásia faz uma investigação exaustiva da tripulação do avião da Malaysia Airlines que desapareceu com 239 pessoas a bordo em 8 de março, depois da confirmação de que a aeronave mudou de rumo de maneira deliberada, publicou neste domingo a imprensa local. Agentes revistaram a casa do capitão do voo do MH370, Zaharie Ahmad Shah, e do co-piloto, Fariq Abdul Hamid, no sábado, segundo o jornal New Straits Times.
De acordo com a emissora CNN, a inteligência americana já cogita o envolvimento do piloto e do co-piloto no desaparecimento do avião. A investigação na Malásia também abrange, além dos 12 membros da tripulação, todos eles malaios, os 229 passageiros de 14 nacionalidades diferentes.
Fontes dos serviços de inteligência declararam à imprensa que buscam pistas se algum dos passageiros tinha experiência e conhecimentos de aviação. A investigação inclui detalhes que vão desde os perfis psicológicos às tendências políticas e religiosas, afeições e padrões de comportamento.
Despertou especial interesse a mensagem que o capitão Zaharie publicou em um fórum alemão na internet em que anunciava a criação de um simulador de voo próprio. "Há um mês terminei a montagem de FSX e FS9 com seis monitores", diz a nota assinada como Capt Zaharie Ahmad Shah, Boeing 777 da Malaysia Airlines em novembro de 2012. A imprensa local também repercutiu a notícia publicada pelo jornal inglês Mail Sunday, que definiu Zaharie como uma pessoa de "convicções políticas fanáticas".
O capitão Zaharie estudou na Escola de Aviação da Philippines Airlines em Pasay em 1980, entrou um ano depois na Malaysia Airlines e já tinha 18.360 horas de voo.
Paralelamente à investigação policial, um contingente internacional procura a aeronave desaparecida em dois corredores: um que inclui Indonésia e o Oceano Índico e outro que se estende do norte da Tailândia até Cazaquistão e Turcomenistão.
O voo MH370 decolou de Kuala Lumpur à 0h41 (no horário local, 13h41 de sexta-feira, 7, em Brasília) e deveria aterrissar em Pequim seis horas depois, mas desapareceu dos radares cerca de 40 minutos mais tarde e desde então não se sabe nada dele nem se encontraram destroços.
O primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, confirmou no sábado que os sistemas de comunicação do avião foram desligados deliberadamente antes da mudança de rumo e que voou por cinco horas em direção ao oeste.
24 de março - Membro da família de um passageiro a bordo do vôo MH370 da Malaysia Airlines chora depois de assistir a transmissão da entrevista coletiva, em que o governo malaio confirmou que o avião caiu no oceano Índico. Foto tirada no hotel Lido, em Pequim, na segunda-feira, 24 de março
Foto: AFP
24 de março - Membro da família de um passageiro a bordo do vôo MH370 da Malaysia Airlines chora depois de assistir a transmissão da entrevista coletiva em que o governo malaio confirmou que o avião caiu no oceano Índico. Foto tirada no hotel Lido, em Pequim, na segunda-feira, 24 de março
Foto: Reuters
9 de março - Familiares confortam Chrisman Siegar, a esquerda, e sua esposa Herlina Panjaitan, parentes de Firman Siregar, um dos passageiros do voo MH370 da Malaysia Airlines, desaparecido desde a noite de sexta-feira, em sua residência em Medan, Sumatra do Norte, na Indonésia
Foto: AP
9 de março - Familiares de passageiros do vôo desaparecido da Malaysia Airlines choram no hotel Putrajaya, na Malásia, onde as famílias aguardam informações e recebem assistência
Foto: AP
Parentes choram ao sair do local onde familiares e amigos dos passageiros do avião da Malaysia Airlines estão sendo recepcionados, no aeroporto de Kuala Lumpur, na Malásia
Foto: AP
Parentes reclamam da falta de informações de companhia aérea Malaysia Airlines
Foto: Reuters
8 de março - Familiares dos passageiros que estavam no vôo aguardam informações sobre o desaparecimento da aeronave
Foto: AP
Uma mulher, aos prantos, é ajudada por funcionários do aeroporto de Beijing, onde parentes dos passageiros do avião da Malaysia Airlines esperam por notícias
Foto: AP
8 de março - Porta-voz da Malaysia Airlines, a direita, fala com a imprensa em hotel em Beijing, China
Foto: AP
Boeing 777 da Malaysia Airlines, que desapareceu das telas de controle de tráfego aéreo nas primeiras horas deste sábado, transportando 239 pessoas. O vôo ia de Kuala Lumpur, na Malásia, para Pequim. Foto de dezembro de 2011
Foto: AP
Uma mulher, cercada pela mídia, cobre o rosto em sua chegada em um hotel que está preparado para receber parentes e amigos dos passageiros a bordo do avião desaparecido. Pequim, China, sábado, 8 de março
Foto: AP
Ahmad Jauhari Yahyain, executivo-chefe da Malaysian Airlines Group, fala durante uma coletiva de imprensa em um hotel em Sepang, arredores de Kuala Lumpur, Malásia, neste sábado, 8 de março
Foto: AP
O primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, ao centro, chega à área de espera para a família e amigos de passageiros do vôo da Malaysia Airlines MH370, no aeroporto internacional de Kuala Lumpur, neste sábado, 8 de março
Foto: Reuters
12 de março - Famílias chinesas arremessaram garrafas de água em autoridades, durante entrevista coletiva, na manhã de 12 de março, em Pequim
Foto: Nine Networks / Reprodução
Parentes de passageiros esperam por novas informações em hotel de Pequim nesta terça-feira. Há ameaças de greve de fome para expressar sua raiva a desapontamento com o modo como a situação tem sido conduzida pelas autoridades
Foto: AFP
18 de março - Parentes ameaçaram, onze dias após o sumiço de avião, a fazer greve de fome como forma de expressar raiva a desapontamento com o modo como a situação tem sido conduzida pelas autoridades
Foto: AFP
Em uma folha de papel mostrada para a imprensa, uma mulher, parente de um dos passageiros, pediu o retorno dos familiares e respeito pela vida
Foto: AP
"Nós não temos informações, e todo mundo está compreensivelmente preocupado, afirmou Wen Wanchen, cujo filho estava no avião
Foto: AP
18 de março - Familiares sem notícias disseram que, caso seja necessário, vão até a embaixada malaia para saber informações sólidas. Eles ameaçaram greve de fome nesta terça-feira
Foto: AP
Um membro da família de passageiro a bordo no avião desaparecido grita durante visita de oficiais da companhia ao hotel. Parentes se dizem revoltados com autoridades e com falta de notícias
Foto: Reuters
Parentes de passageiros acompanham o noticiário local para saber mais informações sobre o desaparecimento
Foto: Reuters
Homem mostra papel para a imprensa com mensagem das famílias dos passageitos que amaeaçaram greve de fome em 18 de março
Foto: Reuters
22 de março - Um parente de passageiro chinês do voo do Boeing 777 protestou contra falta de respostas ao desaparecimento neste sábado. Um satélite chinês encontrou objetos ao sul do oceano Índico que podem ser de avião
Foto: AP
22 de março - Parentes aguardam notícias recentes sobre paradeiro de avião desaparecido há 2 semanas. Bebê dorme em cima de cadeiras em hotel na China
Foto: AP
22 de março - Um parente de passageiro chinês do voo do Boeing 777 protestou contra falta de respostas ao desaparecimento neste sábado. Um satélite chinês encontrou objetos ao sul do oceano Índico que podem ser de avião
Foto: AP
22 de março - Parentes dos passageiros acompanham notícias no hotel em Pequim, China. Um satélite encontrou rastros de objetos ao sul do Oceano Índico neste sábado que podem ser pista de avião desaparecido desde 8 de março
Foto: AP
22 de março - Criança com camiseta "Reze pelo MH370" em aeroporto de Kuala Lumpur, na Malásia
Foto: AP
24 de março - Os familiares de passageiros a bordo do vôo MH370 da Malaysia Airlines gritam a choram após assistir à transmissão da entrevista coletiva em que o governo da Malásia confirmou que a aeronave caiu no oceano Índico e que não haveria sobreviventes