A Marinha dos Estados Unidos emitiu um comunicado em que desmente o diretor adjunto em engenharia oceânica, Michael Dean, que disse a CNN que os quatro sinais acústicos que centraram as buscas do avião da Malaysia Airlines desaparecido provavelmente não vinham da caixa-preta da aeronave.
"Os comentários de Mike Dean desta quarta-feira foram especulativos e prematuros. Nós continuamos trabalhando com nossos parceiros internacionais para entender a informação encontrada pelas equipes de detecção", indicou a Marinha americana.
Dean havia dito horas antes que embora não se descartasse completamente a hipótese que centrou as investigações, não há evidências de que os sinais detectados no oceano Índico fossem originados da caixa-preta do avião e não de qualquer outro aparelho no fundo do mar.
Os sinais acústicos ("pings") foram localizados em abril, um mês depois do misterioso desaparecimento do avião que fazia a rota Kuala Lumpur - Pequim, do voo MH-370 da Malaysia Airlines. "Os enviamos aos australianos, que lideram a busca, e daremos outras informações no momento apropriado", assinalou a Marinha americano.
"Nossa teoria mais provável neste momento é que os sinais eram provavelmente sons produzidos por navios ou pelos aparelhos eletrônicos usados para localizar esses mesmos sinais", explicou Dean à emissora americana. "Cada vez que um equipamento eletrônico é colocado na água, corre-se o risco de ela entrar no aparelho e estragar algo, de modo que possa começar a gerar som", acrescentou.
O oficial foi além e respondeu "sim" ao ser perguntado se os outros países envolvidos na busca chegaram à mesma conclusão, de que os sinais detectados provavelmente não pertencem ao avião malaio.
O aparelho desapareceu das telas de controle do radar 40 minutos após a decolagem e mudou de rumo em uma "ação deliberada", segundo a Malásia, para atravessar a Península de Malaca, no sentido oposto ao trajeto inicial e acabar no Oceano Índico. Nenhum destroço da aeronave, nem as caixas-pretas foram encontradas até agora.
24 de março - aviadores navais durante uma missão para ajudar nas operações de busca do vôo MH370 da Malaysia Airlines. Ventos fortes e clima gelado interromperam as buscas aéreas em 27 de março
Foto: Reuters
24 de março - Oficiais americanos monitoram estação de trabalho, em um P-8A Poseidon, durante operações de busca do vôo MH370 da Malaysia Airlines
Foto: Reuters
27 de março - Tela de navegação utilizada por pilotos a bordo de um Air Force AP-3C da Força Aérea da Austrália mostra sua localização atual representada por um círculo branco, durante missão para procurar o Boeing desaparecido da da Malaysian Airlines
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27 de março - Membros da tripulação a bordo de um Air Force AP-3C Orion da Força Aérea Australiana observam mapas de navegação, durante operação de busca pelo Boeing da Malaysian Airlines sobre o Oceano Índico meridional
Foto: Reuters
27 de março - Tenente Jayson Nichols olha para um mapa, enquanto voa a bordo de um Air Force AP-3C Orion da Força Aérea Australiana procurando pelo Boeing 777 da Malaysian Airlines sobre o Oceano Índico meridional
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Imagem de satélite feita em 24 de março mostra objetos flutuantes no sul do Oceano Índico. Imagem foi divulgada pela Agência de Desenvolvimento de Tecnologia Espacial (GISTDA), em 27 de março
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Autoridades acreditam que o Boeing 777 da Malaysia Airlines tenha caído no sul do Oceano Índico. Diversas imagens de satélite já foram divulgadas mostrando o que poderia ser um grande campo de destroços do avião na região
Foto: Reuters
27 de março - excesso de combustível é despejado de um bico que se projeta da asa esquerda de um avião da Força Aérea Australiana antes do pouso, depois de participar de missão de busca
Foto: Reuters
27 de março - aeronave da Força Aérea Australiana depois de voltar de um vôo de busca pelo Boeing da Malaysia Airlines MH370, à base de Pearce, perto de Perth, Austrália
Foto: Reuters
Sub tenente diretor Samuel Archibald observa o oceano através de um binóculos durante a mais um dia de buscas por destroços do avião da Malásia
Foto: Reuters
Navio da marinha Australiana dá mais combustível para o navio da Royal Navy Malásia KD Lekiu, para que este possa dar sequência nas buscas por rastros do avião da Malásia
Foto: Reuters
Continuam as buscas por destroços do avião da Malásia que desapareceu no Oceano Índico. Chances de encontrar qualquer coisa na superfície diminuiu e a busca agora é no fundo do mar
Foto: Reuters
Mergulhadores vão atrás de destroços ou de rastros do avião da Malásia, no Oceano Índico, na região da Austrália. Área de busca abrange 77,580 quilômetros quadrados de oceano
Foto: AP
Mergulhadores vão atrás de destroços ou de rastros do avião da Malásia, no Oceano Índico, na região da Austrália. Área de busca abrange 77,580 quilômetros quadrados de oceano