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Ásia

Massacre no Paquistão: aluna sobrevive ao se fingir de morta

Menina teve a roupa "banhada de sangue" e escapou pela porta dos fundos da sala de aula

16 dez 2014 - 19h38
(atualizado em 17/12/2014 às 08h10)
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<p><span class="media-caption__text">Menina teve a roupa "banhada de sangue" e escapou pela porta dos fundos da sala de aula                     </span></p>
Menina teve a roupa "banhada de sangue" e escapou pela porta dos fundos da sala de aula
Foto: BBC Brasil / AP

Uma aluna da escola do Paquistão atacada pelo Talebã nesta terça-feira sobreviveu à chacina ao se fingir de morta.

Segundo contou à BBC, Shireen Khalid Wadud, a filha de sua amiga estava dentro da sala de aula quando o grupo armado invadiu o local e efetuou inúmeros disparos contra as estudantes.

Shireen diz que a roupa da menina ficou "banhada de sangue" e que ela se fingiu de morta para sobreviver à chacina.

A paquistanesa acrescentou que o ataque aconteceu quando a menina se preparava para sair da sala de aula em busca do irmão, que estudava em outra parte da escola, exclusiva para meninos.

"Ela se fingiu de morta; então, os atiradores acharam que haviam matado todo mundo ali e foram em direção à outra sala; ela pôde escapar pela porta dos fundos e foi buscar o irmão, mas não conseguiu encontrá-lo".

Ainda não se sabe se o irmão da menina sobreviveu ao ataque. A estudante foi levada a um hospital para tratar ferimentos leves na perna. Além disso, ela está sendo acompanhada por psicólogos por causa do estresse pós-traumático.

Shireen afirmou também à BBC que muitos pais ainda buscam notícias dos filhos.

O ataque à escola paquistanesa deixou mais de 140 mortos, a maioria crianças. Outras 114 teriam ficado feridos.

Segundo Shireen, que trabalha como professora, as escolas “são mais efetivas contra o extremismo do que os drones”.

"Acredito que essa é a razão pela qual eles (Talebã) estão atacando estudantes. Do contrário, o que essas pobres crianças fizeram contra eles?"

Autoridades paquistanesas afirmaram que os autores do ataque foram mortos, embora forças de segurança ainda estejam em busca de eventuais bombas.

Segundo o governo do país, os extremistas tinham munição suficiente para ser usada durante dias.

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