O Ministro de Conservação do Solo e das Florestas do Nepal, Manesh Acharya, disse nesta terça-feira à Agencia EFE que as condições meteorológicas ruins em grande parte das áreas afetadas pelo terremoto de magnitude 7,8 que devastou o Nepal no último sábado complicaram muito os trabalhos de resgate fora de Katmandu, capital do país.
Segundo o ministro, helicópteros MI-17 enviados pela Índia não conseguiram chegar às zonas mais prejudicadas por causa do mau tempo. Acharya evitou também fazer estimativas sobre o número total de mortos pela tragédia, que segundo o último balanço oficial divulgado hoje chegou a 4.349.
"Nossa prioridade neste momento é encontrar pessoas soterradas e resgatá-las (...). Para nós, o resgate é muito mais importante que os números", disse o ministro, que reconheceu que o país não estava preparado para um desastre desse porte.
O primeiro-ministro do país, Sushil Koirala, admitiu ontem durante um encontro com representantes dos partidos políticos nepaleses que as operações de busca e resgate não foram efetivas até então, afirma o jornal local Kantipur.
Cruz Vermelha envia ajuda ao Nepal após terremoto:
De acordo com Koirala, o governo está recebendo pedidos de ajuda de todo o país, mas é incapaz de dar a resposta adequada devido ao corte das comunicações e a falta de preparação das equipes.
A oposição também lamentou a ineficácia da resposta do governo ao terremoto e pediu o envolvimento de todos no país para atender às necessidades da população.
O terremoto de sábado foi o de maior magnitude registrado no Nepal em quase 80 anos, além de ter sido o pior que atingiu a região desde 2005, quando um tremor matou mais de 84 mil pessoas na Caxemira, na vizinha Índia.
Cruz Vermelha também reporta dificuldades de ajuda
A Cruz Vermelha (CV) está tentando distribuir pacotes de ajuda a 20 mil famílias em Katmandu, mas enfrenta dificuldades por causa da situação em que a cidade se encontra após o terremoto que devastou o Nepal no último sábado.
Momento do terremoto: vídeos mostram pânico no Nepal:
O representante do órgão no país, Rajendra Rokaha, disse à Agência Efe que a repartição do auxílio está sendo realizada nos 11 distritos mais afetados da capital, onde mais de 1.000 pessoas morreram devido ao tremor de magnitude 7,8.
Segundo o último balanço oficial divulgado pelas autoridades, o total de mortos chega a 4.349 e o de feridos a 8.517. Por enquanto, não há informações sobre a quantidade de desaparecidos na tragédia.
O pacote de ajuda distribuído pela Cruz Vermelha inclui uma pequena barraca e cobertores, elementos necessários para dar abrigo às milhares de pessoas que se encontram nas ruas da capital porque perderam suas casas ou por medo de novos desabamentos.
Vários acampamentos foram montados em Katmandu pelo governo que, no entanto, não é capaz de fornecer barracas a todos os desabrigados, que improvisam usando roupas e cobertores amarrados.
Rokaha indicou que a Cruz Vermelha está trabalhando com as autoridades locais para tentar atender ao maior número de pessoas possível. Ontem, a ONG lançou uma campanha de doação para fornecer auxílio a 75 mil desabrigados, solicitando doações de 32,3 milhões de euros (cerca de R$ 102 milhões).
Torre histórica de 9 andares é derrubada por terremoto:
O terremoto de sábado foi o de maior magnitude registrado no Nepal em quase 80 anos, além de ter sido o pior que atingiu a região desde 2005, quando um tremor matou mais de 84 mil pessoas na Caxemira, na vizinha Índia.
Antes: o Syambhunaath Stupa, conhecido como Templo do Macaco
Foto: Wikipédia
Depois: Syambhunaath Stupa, conhecido como o templo do macaco, é retratado esquerda antes e logo após o terremoto
Foto: Daily Mail / Reprodução
Antes: Torre Dharahara, que foi construído pela primeira vez em 1832, foi quase completamente destruído pelo terremoto do Nepal
Foto: Wikipédia
Depois: A Torre Dharahara, que foi construído pela primeira vez em 1832, foi quase completamente destruída pelo terremoto do Nepal
Foto: Daily Mail / Reprodução
Antes: Bhaktapur Durbar, retratada antes do terremoto, é mais um dos três principais espaços públicos na área de Catmandu
Foto: Wikipédia
Depois: um dos três principais espaços públicos na área de Catmandu foi destruído após tremor de 7,8 graus
Foto: Daily Mail / Reprodução
Antes: A Escola de Durbar, na praça Durbar, é um edifício neoclássico que foi destruído parcialmente
Foto: Panramio / Reprodução
Depois: a Escola de Durbar, na praça Durbar, é um edifício neoclássico que foi destruído parcialmente
Foto: Daily Mail / Reprodução
Antes: a praça Patan Durbar, retratada antes do desastre, é o terceira maior pátio históricoda família real, e também foi destruída
Foto: Wikipédia
Depois: a praça Patan Durbar, retratada antes do desastre, é o terceira maior pátio históricoda família real, e também foi destruída
Foto: Daily Mail / Reprodução
Antes: Bhaktapur Durbar, retratada antes do terremoto, uma das maiores perdas do país
Foto: Wikipédia
Depois: Bhaktapur Durbar, retratada antes do terremoto, uma das maiores perdas do país
Foto: Daily Mail / Reprodução
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Maior terremoto em 81 anos no Nepal mata mais de 2 mil
Foto: Niranjan Shrestha / AP
Maior terremoto em 81 anos no Nepal mata mais de 2 mil
Foto: Niranjan Shrestha / AP
Maior terremoto em 81 anos no Nepal mata mais de 2 mil
Foto: Niranjan Shrestha / AP
Maior terremoto em 81 anos no Nepal mata mais de 2 mil
Foto: Reuters
Maior terremoto em 81 anos no Nepal mata mais de 2 mil
Foto: Navesh Chitrakar / Reuters
Maior terremoto em 81 anos no Nepal mata mais de 2 mil
Foto: Navesh Chitrakar / Reuters
Maior terremoto em 81 anos no Nepal mata mais de 2 mil
Foto: Navesh Chitrakar / Reuters
Maior terremoto em 81 anos no Nepal mata mais de 2 mil
Foto: Navesh Chitrakar / Reuters
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Foto: Navesh Chitrakar / Reuters
Maior terremoto em 81 anos no Nepal mata mais de 2 mil
Foto: Navesh Chitrakar / Reuters
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Foto: Athit Perawongmetha / Reuters
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Foto: Athit Perawongmetha / Reuters
Turistas esperam seus voos fora Aeroporto Internacional de Tribhuvan Nepal um dia depois de terremoto de magnitude 7,8 graus
Foto: Athit Perawongmetha / Reuters
Membros de uma família fazem refeição em frente a um abrigo improvisado em terreno aberto para manter a segurança depois de um terremoto em Catmandu
Foto: Navesh Chitrakar / Reuters
Homem busca água em tanque perto de um templo que desabou em Catmandu neste sábado
Foto: Navesh Chitrakar / Reuters
Familiares choram perdas após terremoto atingir o Nepal e matar mais de duas mil pessoas
Foto: Navesh Chitrakar / Reuters
Exilados do Tibet realizam homenagem às vítimas do em Dharmsala, Índia
Foto: Ashwini Bhatia / AP
Mulher chora durante o ritual de cremação de uma parente às margens do rio Bagmati em Catmandu, capital do Nepal
Foto: Bernat Armangue / AP
Um guia (sherpa) é evacuado de ônibus da base do Monte Everest
Foto: Bikram Rai / AP
Em Bodghaya, Índia, jovens monges budistas rezaram em homenagens às vítimas do duplo terremoto no Nepal
Foto: Manish Bhandari / AP
Feridos, alpinistas e sherpas são retirados de helicóptero do Everest até Lukla, também no Nepal
Foto: Pasang Dawa Sherpa / AP
Uma equipe especializada em resgates do governo alemão embarcou no Aeroporto de Frankfurt para ajudar às vítimas no Nepal
Foto: AP
Homem prepara corpo de vítima para ser cremado em Catmandu, Nepal
Foto: Bernat Armangue / AP
Vários corpos foram cremados na manhã deste domingo (26) na capital do Nepal