A busca pelo avião da Malaysian Airlines desaparecido há um mês deve custar centenas de milhões de dólares, tornando-se a mais cara operação desse tipo na história da aviação, com a participação de aviões, navios, submarinos e satélites de 26 países.
Estimativas compiladas pela Reuters mostram que pelo menos 44 milhões de dólares já foram gastos na mobilização de embarcações e aeronaves militares por parte da Austrália, China, EUA e Vietnã, no oceano Índico e no mar do Sul da China.
A cifra se baseia em estatísticas relativas ao custo por hora de vários equipamentos, avaliações de analistas de defesa e custos divulgados pelo Pentágono.
O valor do primeiro mês de buscas já é praticamente idêntico ao valor oficialmente gasto --em vários meses dispersos ao longo de dois anos-- nas buscas pelo avião da Air France que caiu no Atlântico na rota Rio-Paris, em 2009.
Mas especialistas em resgates dizem que a conta total daquela operação pode ter sido três ou quatro vezes superior à cifra oficial, de modo que uma extrapolação para o caso do voo MH370 indica um valor na casa das centenas de milhões de dólares.
<a data-cke-saved-href="http://noticias.terra.com.br/mundo/avioes-misterios/" data-cke-815-href="http://noticias.terra.com.br/mundo/avioes-misterios/">veja o infográfico</a>
A estimativa de 44 milhões no caso do avião malaio não inclui equipamentos oferecidos por países como Grã-Bretanha, França, Nova Zelândia e Coreia do Sul, nem custos como aviões civis, acomodação para centenas de pessoas envolvidas nas buscas e a remuneração de analistas de inteligência no mundo todo.
Angus Houston, diretor da agência australiana que coordena as buscas, disse na sexta-feira que apresentará posteriormente uma estimativa total de custos. "É bastante dinheiro", antecipou.
Mas os primeiros-ministros da Austrália, Tony Abbott, e da Malásia, Najib Razak, dizem repetidamente que o custo não é um problema. No entanto, Abbott insinuou que a Austrália --país mais onerado, por ser o mais próximo da área de buscas-- pode passar a fatura adiante.
<a data-cke-saved-href="http://noticias.terra.com.br/mundo/quem-estava-a-bordo-do-voo-mh370/" href="http://noticias.terra.com.br/mundo/quem-estava-a-bordo-do-voo-mh370/">veja o infográfico</a>
"É simplesmente razoável que arquemos com este custo, trata-se de um ato de cidadania internacional", disse o premiê na semana passada. "Em algum momento, pode haver a necessidade de uma prestação de contas, mas estamos satisfeitos em termos a maior utilidade possível para todos os países interessados nisso."
Uma fonte do governo da Malásia disse, sob anonimato, que as buscas pelo voo MH370 podem custar pelo menos o dobro do que a operação para a recuperação da caixa-preta do AF447.
Até agora, a Austrália bancou cerca de metade do custo, mantendo aeronaves e embarcações mobilizadas há três semanas. Só a operação do seu navio HMAS Success custa cerca de 550 mil dólares australianos (511 mil dólares norte-americanos) por dia, segundo cifras dos militares do país.
Na escala de gastos, China e EUA vêm em seguida.
24 de março - aviadores navais durante uma missão para ajudar nas operações de busca do vôo MH370 da Malaysia Airlines. Ventos fortes e clima gelado interromperam as buscas aéreas em 27 de março
Foto: Reuters
24 de março - Oficiais americanos monitoram estação de trabalho, em um P-8A Poseidon, durante operações de busca do vôo MH370 da Malaysia Airlines
Foto: Reuters
27 de março - Tela de navegação utilizada por pilotos a bordo de um Air Force AP-3C da Força Aérea da Austrália mostra sua localização atual representada por um círculo branco, durante missão para procurar o Boeing desaparecido da da Malaysian Airlines
Foto: Reuters
27 de março - Membros da tripulação a bordo de um Air Force AP-3C Orion da Força Aérea Australiana observam mapas de navegação, durante operação de busca pelo Boeing da Malaysian Airlines sobre o Oceano Índico meridional
Foto: Reuters
27 de março - Tenente Jayson Nichols olha para um mapa, enquanto voa a bordo de um Air Force AP-3C Orion da Força Aérea Australiana procurando pelo Boeing 777 da Malaysian Airlines sobre o Oceano Índico meridional
Foto: Reuters
Imagem de satélite feita em 24 de março mostra objetos flutuantes no sul do Oceano Índico. Imagem foi divulgada pela Agência de Desenvolvimento de Tecnologia Espacial (GISTDA), em 27 de março
Foto: Reuters
Autoridades acreditam que o Boeing 777 da Malaysia Airlines tenha caído no sul do Oceano Índico. Diversas imagens de satélite já foram divulgadas mostrando o que poderia ser um grande campo de destroços do avião na região
Foto: Reuters
27 de março - excesso de combustível é despejado de um bico que se projeta da asa esquerda de um avião da Força Aérea Australiana antes do pouso, depois de participar de missão de busca
Foto: Reuters
27 de março - aeronave da Força Aérea Australiana depois de voltar de um vôo de busca pelo Boeing da Malaysia Airlines MH370, à base de Pearce, perto de Perth, Austrália
Foto: Reuters
Sub tenente diretor Samuel Archibald observa o oceano através de um binóculos durante a mais um dia de buscas por destroços do avião da Malásia
Foto: Reuters
Navio da marinha Australiana dá mais combustível para o navio da Royal Navy Malásia KD Lekiu, para que este possa dar sequência nas buscas por rastros do avião da Malásia
Foto: Reuters
Continuam as buscas por destroços do avião da Malásia que desapareceu no Oceano Índico. Chances de encontrar qualquer coisa na superfície diminuiu e a busca agora é no fundo do mar
Foto: Reuters
Mergulhadores vão atrás de destroços ou de rastros do avião da Malásia, no Oceano Índico, na região da Austrália. Área de busca abrange 77,580 quilômetros quadrados de oceano
Foto: AP
Mergulhadores vão atrás de destroços ou de rastros do avião da Malásia, no Oceano Índico, na região da Austrália. Área de busca abrange 77,580 quilômetros quadrados de oceano
Foto: AP
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