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Ásia

MH370: satélite japonês detecta objetos a oeste da Austrália

Busca dos destroços se deslocou hoje para uma zona 1,1 mil quilômetros a nordeste do local até então explorado, após o surgimento de uma "nova pista crível", informaram as autoridades australianas

27 mar 2014 - 23h51
(atualizado em 28/3/2014 às 08h21)
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<p>Oficial olha para fora do cockpit de um avião da Força Aérea australiana, enquanto busca pelo voo MH370 da Malaysian Airlines sobre o Oceano Índico meridional, em 27 de março</p>
Oficial olha para fora do cockpit de um avião da Força Aérea australiana, enquanto busca pelo voo MH370 da Malaysian Airlines sobre o Oceano Índico meridional, em 27 de março
Foto: AFP

Um satélite japonês detectou pelo menos 10 objetos flutuantes cerca 2,5 mil quilômetros ao sudoeste da cidade de Perth (oeste da Austrália), anunciou o governo em Tóquio nesta sexta-feira (horário local). Segundo o Escritório de Busca e Informações do governo, citado pelas agências de notícias Jiji e Kyodo, o maior desses objetos mediria pelo menos oito por quatro metros. A agência informou que as imagens foram captadas na quarta-feira, no âmbito das buscas do avião.

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Segundo um funcionário citado pela Jiji, os objetos pertenceriam, "muito provavelmente", ao avião declarado desaparecido desde 8 de março. Condições meteorológicas adversas, com fortes tempestades, ventos com intensidade de furacão e ondas gigantes, levaram à suspensão na quinta-feira da busca pelo mar e pelo ar dos destroços da aeronave no sul do Oceano Índico. Nessa região, diferentes satélites detectaram possíveis restos do Boeing 777 da Malaysia Airlines.

Um satélite tailandês chegou a contabilizar pelo menos 300 objetos flutuantes, cujo tamanho variava de dois a 15 metros, aproximadamente, a uma distância de 2,7 mil quilômetros da costa de Perth, cidade do oeste australiano - de acordo com informações divulgadas na quinta-feira, em Bangcoc. Essas imagens foram registradas na terça desta semana.

Na véspera, a Malásia havia informado que as imagens captadas por um satélite francês da Airbus Defesa e Espaço revelavam a presença de 122 objetos em uma área de 400 quilômetros quadrados ao sul do Índico. 

Buscas

A busca dos destroços se deslocou nesta sexta-feira para uma zona 1,1 mil quilômetros a nordeste do local até então explorado, após o surgimento de uma "nova pista crível", informaram as autoridades australianas.

"A nova informação é baseada em uma análise contínua de dados de radares situados entre o Mar da China Meridional e o Estreito de Malaca, após a perda de contato" com o voo MH370, revelou a Autoridade Australiana de Segurança Marítima (AMSA).

Os dados "indicam que o avião voava mais rápido que o estimado previamente, o que provocou um aumento do consumo de combustível e, portanto, a redução da distância percorrida pela aeronave, que se dirigiu para o sul do Oceano Índico".

Esta avaliação foi elaborada pela equipe de investigação internacional na Malásia, com a colaboração da Australian Transport Safety Bureau (ATSB), e conclui "que é a pista mais crível sobre onde localizar os destroços do avião".

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A nova zona de busca é de aproximadamente 319.000 quilômetros quadrados e está a 1.850 quilômetros  a oeste de Perth, no oeste da Austrália.

"A ATSB destaca que a definição da potencial trajetória do voo pode ser objeto de um maior precisão com o avanço das análises da equipe internacional de investigação", acrescentando que a Austrália reposicionou seus satélites para a nova área de busca.

O sul do Oceano Índico é considerado uma área isolada, onde o tráfego marítimo é pouco denso e não é fácil encontrar objetos flutuando como em outros mares.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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