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Ásia

Número de mortos em desabamento passa de 500 em Bangladesh

3 mai 2013 - 03h39
(atualizado às 06h10)
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Mulher se desespera após reconhecer corpo de parente retirado dos escombros nesta sexta-feira
Foto: AP

O número de mortos após o desabamento na semana passada de um prédio comercial de oito andares em Bangladesh já chegou a 501, de acordo com o último balanço divulgado nesta sexta-feira pelas autoridades do país.

Mais corpos foram retirados dos escombros do Rana Plaza, localizado na cidade de Savar, perto da capital Daca, desde o final da quinta-feira. Em entrevista à imprensa local, o porta-voz do Exército bengalês, Shahinul Islam, confirmou o número de vítimas fatais após assegurar que as equipes de resgate retiraram 55 corpos dos escombros nas últimas horas.

O acidente do dia 24 de abril, a maior tragédia industrial da história do país asiático, também feriu 2.437 pessoas. Ainda não há um número oficial de desaparecidos, mas estima-se que há muitas pessoas presas entre os destroços, o que deve aumentar a contagem de mortos.

O governo destituiu ontem, por "negligência" e "inação", o prefeito de Savar, Mohammed Refatula. Nove pessoas já foram detidas, incluindo o proprietário do edifício, ligado ao partido governante em Bangladesh. Além dele, engenheiros e donos de fábricas têxteis também foram detidos.

As autoridades ordenaram, além disso, o fechamento de outra fábrica têxtil, situada a 1,5 quilômetros do complexo que ruiu e onde trabalham milhares de empregados, devido a várias rachaduras em sua estrutura.

Segundo a rede BBC, excluindo o atentado terrorista nas torres do World Trade Center, nos Estados Unidos, em 2001, o acidente que provocou mais mortes em incidentes envolvendo estruturas industriais foi o desabamento da loja de departamento Sampoong, em Seul (Coreia do Sul) – 502 pessoas morreram na ocasião, em 1995.

Na quinta, fábricas têxteis espalhadas pelo país voltaram a funcionar pela primeira vez desde o desabamento de Savar. Trabalhadores vêm realizando protestos diários pedindo por dura punição os responsáveis pela tragédia e melhores condições de segurança.

Com informações das agências AP, BBC e EFE

Fonte: Terra
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