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Ásia

ONU deve buscar crimes contra humanidade na Coreia do Norte

UE e o Japão ignoraram advertências da Coreia do Norte e apresentaram uma resolução para que se investigue o regime de Pyongyang

7 nov 2014 - 08h00
(atualizado às 08h01)
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<p>A Coreia do Norte reagiu negativamente aos pedidos da UE e Japão por investigações</p>
A Coreia do Norte reagiu negativamente aos pedidos da UE e Japão por investigações
Foto: KCNA / AFP

A União Europeia e o Japão ignoraram nesta quinta-feira as advertências lançadas pela Coreia do Norte e apresentaram uma resolução à ONU para que se investigue o regime de Pyongyang por crimes contra a humanidade.

A resolução foi apresentada a um comitê da Assembleia Geral da ONU, apesar de uma intensa movimentação diplomática da Coreia do Norte, que tentou retirar partes do documento, incluindo o trecho que pede ao Conselho de Segurança que leve Pyongyang à Corte Penal Internacional.

"Não podemos ignorar o sofrimento do povo da Coreia do Norte", disse a conselheira italiana Emilia Gatto ao apresentar a resolução. A situação dos direitos humanos gera "preocupações muito sérias".

A resolução, promovida por 48 países, condena as violações dos direitos humanos na Coreia do Norte e pede uma investigação criminal sobre o país, com base na investigação realizada este ano pela ONU, que expõe a brutalidade do regime.

A investigação, que reúne testemunhos de cidadãos norte-coreanos exilados, detalha a existência de uma vasta rede de campos de prisioneiros e casos documentados de tortura, violação, assassinato e escravidão.

A Coreia do Norte reagiu acusando União Europeia e Japão de "escolher o caminho do confronto" e advertiu que qualquer possibilidade de cooperação em matéria de direitos humanos ficará "perdida para sempre" caso a resolução avance.

"Se União Europeia e Japão conseguirem aprovar esta resolução contra a Coreia do Norte (...) obterão apenas resultados imprevisíveis e os dois terão que se responsabilizar completamente por todas as consequências", advertiu o conselheiro norte-coreano Kim Song.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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