Script = https://s1.trrsf.com/update-1730403943/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Ásia

Paquistão: mulher casa sem permissão e é morta pelos irmãos

Jovem foi assassinada a tijoladas por três de seus irmãos por ter se casado sem permissão da família

27 mai 2014 - 04h01
(atualizado em 29/5/2014 às 13h01)
Compartilhar
Exibir comentários

Uma jovem paquistanesa morreu assassinada a tijoladas nesta terça-feira por três de seus irmãos na frente de um tribunal da cidade de Lahore, no leste do Paquistão, por ter se casado sem permissão familiar, informou à agência EFE uma fonte policial.

O crime aconteceu por volta das 8h (locais, 0h em Brasília) quando a vítima se dirigia ao tribunal para assistir como público a uma audiência, quando três de seus irmãos se aproximaram e começaram a atirar tijolos nela.

"Alguns atingiram a cabeça e causaram ferimentos mortais", explicou um agente da polícia local. Ela foi levada para um hospital próximo, mas não resistiu. Os três agressores conseguiram fugir, e a polícia ainda não registrou nenhuma denúncia pelo homicídio.

Violência contra mulher Mutilação genital, apedrejamento e morte; saiba mais sobre a violência contra a mulher

Segundo as autoridades, a vítima decidiu há um ano se casar contra o desejo da família com um homem de sua própria escolha, e o casal teve que fugir de sua cidade natal de Jaranwala, cem quilômetros ao sul de Lahore.

Os chamados "crimes de honra" são muito frequentes no Sul da Ásia e costumam envolver os homens de uma família que venha a considerar uma afronta que transgride a conservadora moral familiar das sociedades locais.

No Paquistão, estes assassinatos custam diariamente a vida de dois a três mulheres em um gotejamento que passa quase despercebido pela população, mas que, segundo a Comissão de Direitos Humanos do Paquistão (HRCP), somou ano passado 869 vítimas mortais, embora a entidade alerte que muitos casos ficam sem denúncia.

"Estes crimes persistem pela impunidade que os assassinos têm", indicou um recente relatório da HRCP, que denuncia que a tradição islâmica de permitir a absolvição do criminoso se ele for perdoado pela família da vítima favorece os agressores.

EFE   
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade