Petroleiro afundado contamina 100 km² de mar na China
Navio iraniano naufragou após colisão no início de janeiro
O petroleiro Sanchi, que afundou no último domingo (14), uma semana após ter colidido com um navio cargueiro no mar da China e entrado em chamas, já deixou um rastro de petróleo de 100 quilômetros quadrados na região. Dois navios chineses começaram as atividades de limpeza, pulverizando agentes químicos para dissolver o composto de gás e líquidos tóxicos. De acordo com o engenheiro sênior da agência oceânica do governo, Zhang Yong, a situação "não constitui, no momento, uma grande ameaça ao ecossistema marinho".
Mas ele ainda falou que existem testes em curso para determinar as consequências do incidente. "O petróleo é de fácil dissolução, mas o incêndio com certeza prejudicou a atmosfera", disse Zhang à emissora estatal chinesa CCTV.
A ONG WWF também manifestou-se a respeito do assunto. "Sob nossos olhos, está acontecendo um desastre ambiental: o petroleiro Sanchi está perdendo sua carga de petróleo, tóxico para os mamíferos marinhos, os peixes, as tartarugas", disse a vice-diretora de práticas oceânicas da entidade, Ghislaine Llewellyn.
"A WWF pede uma mobilização urgente de todos os meios de contenção disponíveis para remover o petróleo do mar e reduzir a ameaça que ele representa à vida marinha", completou.