Presidente sul-coreana chora e pede desculpas por naufrágio
A presidente Park Geun-hye tem sido bastante criticada por resposta do governo ao acidente marítimo; ela também anunciou a dissolução da Guarda Costeira
A presidente sul-coreana, Park Geun-hye, formalmente pediu desculpas nesta segunda-feira pelo desastre com a balsa que matou cerca de 300 pessoas em abril, a maior parte delas crianças.
Chorando, a presidente disse que vai dissolver a Guarda Costeira por ter fracassado no cumprimento de sua obrigação. Segundo ela, muitas vidas poderiam ter sido salvas caso os oficiais tivessem agido de forma correta.
Nesta segunda-feira, Park vem sendo alvo de ampla contestação nacional por causa da resposta do governo ao pior desastre marítimo civil da Coreia do Sul em 20 anos, e pela aparente lenta e ineficaz operação de resgate.
Pesquisas mostram que o apoio a Park caiu mais de 20 pontos percentuais desde o desastre de 16 de abril.
“Eu peço desculpas à nação pela dor e sofrimento que todos sentiram, pois o presidente deve ser responsável pela segurança e pelas vidas das pessoas”, disse Park em um discurso nacional televisionado, seu primeiro desde que a balsa Sewol virou e afundou com 476 pessoas, entre passageiros e membros da tripulação.
Pelo menos 300 pessoas morreram. Apenas 172 foram resgatadas. Dos passageiros, 339 eram crianças e professores que estavam em uma excursão nos arredores de Seul.
Park prometeu reformas para melhorar a fiscalização, assim como uma dura punição para funcionários públicos e empresas cuja negligência coloque a vida de pessoas em risco.