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Ásia

Putin garante que Rússia está disposta a restabelecer relações com UE

9 mai 2015 - 14h54
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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou neste sábado que seu país está disposto a restabelecer plenamente as relações com a União Europeia, estremecidas desde o início do conflito no leste da Ucrânia.

"Infelizmente, sofremos certa queda nos intercâmbios comerciais, devido a eventos mais do que conhecidos, incluídas as sanções econômicas mútuas", disse Putin à imprensa local após reunião no Kremlin com o presidente da República Tcheca, Milos Zeman.

O presidente russo, que comandou hoje o maior desfile militar da história da do país pela ocasião do 70º aniversário da vitória sobre a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial, ressaltou que não há nada bom nesse desentendimento com a UE, que "só produz perdas".

"Somos conscientes disso. Por isso, estamos dispostos a restabelecer plenamente nossas relações. Esperamos não só fazer isso com a Europa em geral e com a Europa Oriental, além da República Tcheca em particular, mas também desenvolvê-las", afirmou.

E destacou o fato de que ainda existem líderes como Zeman, capazes de "defender suas posições e praticar uma política independente".

Por sua parte, Zeman se mostrou convencido que as atuais sanções da UE contra a Rússia por causa da interferência no conflito da vizinha Ucrânia serão "um assunto de curto prazo".

"A política é como o clima. Há épocas de frio e outras de calor. Estou convencido de que depois do período gelado veremos relações normais, tanto culturais, como políticas e econômicas", disse.

Além disso, Zeman homenageou os 50 mil soldados soviéticos que morreram em território da antiga Tchecoslováquia durante a Segunda Guerra Mundial e destacou a importância de conversar os monumentos erguidos em homenagem às tropas.

O presidente tcheco é um dos poucos líderes ocidentais que compareceram à parada militar na Praça Vermelha de Moscou, visita muito criticada pelos Estados Unidos, que defendia um boicote à cerimônia por causa das sanções contra a Rússia.

Foi um contraste em relação às comemorações do 60º aniversário da vitória em 2005, quando participaram do desfile o presidente dos EUA, George W. Bush, da Alemanha, Gerhard Schröder, da França, Jacques Chirac, e do Japão, Junichiro Koizumi.

EFE   
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