Relatório: nº de presos políticos caiu na Coreia do Norte
A Coreia do Norte reduziu de maneira considerável o número de presos políticos no país e fechou um de seus campos de trabalho forçado para dissidentes, de acordo com um relatório de Seul divulgado nesta quinta-feira que, no entanto, descartou uma melhora geral dos direitos humanos no regime comunista.
Segundo o relatório citado hoje pela imprensa sul-coreana e elaborado pelo Instituto Nacional para a Unificação da Coreia, "estima-se que entre 80 e 120 mil prisioneiros políticos são mantidos em cinco prisões da Coreia do Norte".
O instituto afirmou que o número representa uma redução em relação a cálculos anteriores que estimavam entre 150 e 200 mil presos políticos no regime comunista.
Além disso, o relatório informou sobre o fechamento de um campo de trabalho forçado em Hoeryong, na província de Hamgyong Norte, o que reduziria para cinco o número dessas prisões dedicadas a dissidentes políticos no país governado pela dinastia dos Kim.
"É difícil afirmar que esta redução no número e no tamanho dos campos de prisioneiros é o resultado de alguma mudança por parte das autoridades da Coreia do Norte", concluiu o documento revelado pela agência de notícias Yonhap.
Nesse sentido, o relatório acrescentou que "o que importa é que o regime manteve os campos de trabalho para prisioneiros políticos após a chegada de Kim Jong-un ao poder".
No mês de março, a Comissão de Investigação da ONU sobre a Coreia do Norte calculou que entre 80 e 120 mil pessoas são mantidas como prisioneiros políticos do regime e denunciou que eles são submetidos a métodos parecidos com o do nazismo, do apartheid e do khmer vermelho.
De acordo com um relatório detalhado dessa comissão, os prisioneiros políticos estão distribuídos em quatro grandes campos de trabalho, onde são privados de alimentação como forma de controle e punição, e submetidos a trabalhos forçados.